Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu pelo banimento da International Boxing Association (IBA) das Olimpíadas(Foto: Divulgação)
Essa decisão da CAS representa um marco significativo no esporte, destacando a importância da transparência, ética e conformidade com as regras internacionais no cenário esportivo. Com a exclusão da IBA das Olimpíadas, abre-se espaço para reformas e mudanças que visam fortalecer a governança e a integridade no boxe olímpico, garantindo um ambiente justo e equitativo para os atletas e fãs do esporte.
Mantido no programa Olímpico de Paris-2024, as eliminatórias e torneios de boxe vêm sendo supervisionados pelo COI, assim como foi nos Jogos de Tóquio-2021.
Presidente da Confederação Brasileira de Boxe e conselheiro executivo da World Boxing, entidade criada pelos dissidentes da IBA para evitar que o boxe ficasse de fora das Olimpíadas, Marcos Brito celebrou a decisão histórica da CAS.
"A decisão do tribunal deixou claro que a IBA falhou na obrigação dela de cumprir as exigências que o COI tinha proposto para que ela mantivesse sua capacidade de gerir o boxe aos moldes olímpicos. Era uma decisão esperada, de certa forma, devido ao comportamento da IBA, já que não há muita notícia de transparência, principalmente dos fundos administrados por ele", destacou.
Ainda de acordo com o dirigente brasileiro, essa abertura para a mudança na liderança do boxe mundial indica uma nova era no esporte.
"É um divisor de águas. Tira a possibilidade de dúvidas quanto a IBA continuar a ser o gestor de boxe perante o COI e credencia a World Boxing para ser a entidade internacional para liderar esse compromisso com o olimpismo no boxe, com seriedade e transparência. A World Boxing espera que mais Federações Nacionais busquem a afiliação para que o boxe olímpico tenha a segurança que ele sempre buscou", afirma Brito.
Em relação à posição do Brasil nessa nova era, o presidente da CBBoxe aponta um cenário bastante positivo e até mesmo histórico.
"O boxe brasileiro largou na frente, pois tivemos a perspectiva de perceber que o caminho seria através do World boxing, o que vem se confirmando. Somos afiliados da World Boxing e estamos participando da entidade através do conselho executivo", analisa o dirigente.
"O Brasil se coloca numa posição bastante importante nessa caminhada para manter o boxe nas olimpíadas. A perspectiva do Brasil é das melhores possíveis, em uma posição privilegiada como nunca antes esteve, com time forte e a possibilidade de poder participar e até opinar dentro das decisões mais importantes do boxe mundial", conclui Brito.
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