Felipe Torres (à direita) durante o seu período de competidor (Foto: Reprodução)
No início de 2023, Felipe, que é dono da Safety Med - maior empresa de ambulâncias do Nordeste -, começou a investir no Jiu-Jitsu, modalidade que pratica desde os 8 anos de idade, e hoje vem colhendo os frutos.
Com duas academias da Gracie Barra nos Estados Unidos e prestes a abrir a terceira, o carioca contou sobre sua ligação com a arte suave até virar empresário, além dos desafios que encarou nessa nova empreitada.
"Eu comecei no Jiu-Jitsu ainda criança, no Valqueire-RJ. Desde então eu sempre continuei no Jiu-Jitsu, fiquei só um tempo afastado por conta de uma lesão e na época não visualizava ter academia, então fui para um lado mais empresarial", relembrou Felipe Torres, que continuou:
"Tenho uma empresa de ambulâncias e cresci muito no meio. Em 2023, surgiu a oportunidade de investir em uma academia em Weston, Miami (EUA), eu entrei, fizemos algumas alterações que atraíram diversos alunos e depois me tornei o único proprietário. Posteriormente comprei outra academia, em Royal Palm Beach, e no momento estamos finalizando as obras da terceira, em West Palm Beach".
Graduado faixa preta em 2016, por mestre Alessandro Martins, o empresário agora une seu conhecimento sobre Jiu-Jitsu com o dos negócios para fazer com que as academias sigam crescendo nos EUA. E além disso, levando os ensinamentos positivos da arte suave para a comunidade americana.
"O Jiu-Jitsu está evoluindo a cada dia com o investimento americano. Famílias passaram a ver importância para as suas crianças pela disciplina e autodefesa (programas anti bullying) e os adultos enxergaram um esporte de inteligência, pois se adapta para a vida (muitas vezes estamos sofrendo pressão embaixo de um adversário, porém temos que suportar, buscar soluções e depois sair da situação difícil). Fora também o No-Gi, que está despontando em todas as competições americanas alinhado ao Wrestling deles", disse o faixa-preta.
Na visão de Felipe Torres, uma sociedade envolvida com o Jiu-Jitsu se torna mais respeitosa, mais unida e ativa, pelo fato de grande parte dos praticantes cuidarem melhor do seu corpo e mente. Entretanto, ele acredita que empreender através do Jiu-Jitsu nos Estados Unidos tem seus desafios, pelo fato de a maioria dos bons profissionais ainda serem brasileiros e terem que se mudar para outro país, mudar de vida.
Já com um trabalho consolidado na Safety Med, somando mais de 190 ambulâncias e faturamento de mais de R$ 60 milhões por ano, Felipe Torres agora sonha em se destacar no mercado de academias. "Quero ir aumentando o número de academias gradativamente e desenvolvendo um trabalho de inclusão que abranja pessoas do espectro autista e outras necessidades especiais”, encerrou.
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