Nicholas Menina Feia impressionou em sua primeira luta como profissional (Foto: Myriam Albertuni)
O debute do jovem aconteceu no último mês de novembro, quando Nicholas finalizou Matheus Oliveira pelo SFT 53. Antes, porém, o paulista passou pelo Fight Club, braço amador do SFT, onde brilhou com dois triunfos em duas lutas.
"O Fight Club foi fundamental pra mim, principalmente pela oportunidade que dá aos atletas iniciantes. Não tem muitos eventos que levam a galera para lutar em uma estrutura igual ao profissional, usam o Tapology, sem contar na possibilidade de um contrato com o SFT", disse o peso-leve, que completou sobre a sua estreia no MMA profissional:
"Sempre tem um nervosismo, creio que se o atleta não estiver com medo ele não performa bem. Eu sempre fui 'cagão' e isso me ajuda muito na luta. Acho que se algum dia eu não sentir medo, aí sim devo me preocupar. E depois da vitória eu só queria tomar a minha Coca-Cola gelada (risos). Agora é movimentar as redes sociais e buscar patrocínios".
Como amador, Nicholas Menina Feia fez um total de quatro lutas, sendo três vitórias por finalização e uma por decisão. Com o Jiu-Jitsu como um dos pontos fortes, o lutador se classifica como completo e esperar mostrar mais da sua trocação.
"Meu estilo de luta é completo. Óbvio que prefiro sair na mão e controlar, mas se precisar de chão eu tenho também, inclusive a maioria dos meus triunfos foi por finalização. E fora do cage eu sou um cara muito tranquilo, pra mim está tudo bom. Sou meio maluco, falo demais, às vezes alguma bobeira, mas não é personagem, sou assim mesmo (risos)".
De olho em 2025, Nicholas Menina Feia ainda projetou seus próximos passos nas artes marciais mistas e revelou outro desejo curioso para o ano que vem: bombar nas redes sociais e, consequentemente, atrair patrocínios.
"Espero lutar o mais cedo, é só o pessoal do SFT me chamar! Quero entrar em ação o máximo de vezes possível, aproveitar as chances que o Magno (matchmaker), o David Hudson (presidente) e toda a galera do evento me dão. Se Deus quiser, terminar o ano como um atleta cotado para estar no UFC em 2026, esse é o meu maior sonho. Ah, e também viralizar nas redes sociais com memes e outros conteúdos engraçados (risos)", encerrou o jovem.
Confira mais trechos da entrevista com Nicholas Menina Feia:
-Início nas artes marciais e no MMA
Comecei a treinar Judô aos 9 anos. Eu fui morar com o meu pai em Caragua e na época era obeso, então ele quis me colocar em algum esporte. Depois meu pai conheceu um cara que dava aulas de Taekwondo e Krav Magá, ele foi morar com a gente porque não tinha onde ficar e nessa eu comecei a treinar, fui me graduando. Quando o meu pai foi preso depois, eu voltei para o tatame e continuei no Taekwondo até a ponta preta e no Krav Magá até instrutor, mas não tinha mais para onde evoluir. Decidi ir para o MMA, vi que faltava muito e passei a treinar Jiu-Jitsu e MMA com o Cris.
-Trabalho do SFT no MMA amador
Na maioria dos eventos falta organização, se perdem em logística, transmissão e etc, só crescem o olho no dinheiro... Hoje em dia é muito difícil oferecem a estrutura e organização que o SFT dá no amador. Eu fiquei surpreendido positivamente. Após o SFT 53 ainda vieram me pedir um feedback no que podiam melhorar. Cara, que evento faz isso?
-Inspirações para se tornar campeão
Minha principal inspiração no MMA é o Carlos Prates, por estar convivendo com ele na academia desde que cheguei, novinho. Temos um estilo e biotipo até que parecidos, e também curto a personalidade dele, sempre atencioso, querendo ver não só a minha evolução, porém de todo mundo que treina junta com ele. O cara é fod*. Além dele, acompanho muito também o Sean O'Malley pelo jogo dele ser tipo o meu, meio estranho (risos) e o cara vingar na luta, e o Ilia Topuria, uso até a música de entrada dele.
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