Duelo entre Pantoja e Van promete agitar o UFC 323(Foto: Reprodução/UFC)
A diferença entre os dois é expressiva – Pantoja, aos 35 anos, vive o auge da maturidade técnica e mental, enquanto Van, com apenas 24, recebeu a chance pelo cinturão em um momento de escassez de nomes disponíveis no topo da categoria. A disparidade de idade e de experiência impede que qualquer rivalidade se forme de maneira natural.
Ainda assim, o brasileiro reforçou que sua motivação segue intacta: superar gerações e manter-se como referência absoluta dos moscas: “Ainda acho que temos muitos desafios na divisão. Como o Tatsuro Taira, talvez o Brandon Moreno mais uma vez, o Kyoji Horiguchi. Tenho muito a fazer e quero fazer tantas defesas de cinturão nessa divisão quanto o Demetrious Johnson”, afirmou, mirando as 11 defesas de título do lendário "Mighty Mouse".
No panorama esportivo atual, Alexandre Pantoja encarna o arquétipo do campeão dominante, capaz de neutralizar qualquer perfil de adversário. Sua combinação de leitura de combate, agressividade calculada e repertório versátil o coloca como um dos lutadores mais completos do UFC. Essa consistência faz com que cada nova defesa não seja apenas uma formalidade, mas mais um capítulo de uma trajetória construída sobre quase duas décadas de evolução constante no MMA.
Do outro lado, Joshua Van encara uma missão digna dos maiores desafios da divisão. O jovem atleta aposta em explosão, reflexos rápidos e capacidade de improviso para tentar criar problemas para o brasileiro. Contudo, enfrentar um campeão tão moldado pela elite requer mais do que velocidade: exige resistência mental e execução impecável. Analistas consideram o duelo uma oportunidade valiosa para Van aprender em alto nível, mesmo que o favoritismo esteja amplamente pendendo para o lado do detentor do cinturão.
Para o público, o confronto promete ritmo elevado, porém, com Pantoja controlando as ações e Van tentando ditar velocidade nos momentos de transição. Fora do cage, o ambiente amistoso predominou, mas a expectativa é de que a disputa seja marcada por estratégia, pressão constante e pouca margem para erros.
A coletiva, com Pantoja como o único representante brasileiro, reforça sua posição como o nome central da categoria. Caso confirme mais uma defesa de título, o campeão dará mais um passo rumo a um dos maiores legados já construídos no peso-mosca, fortalecendo sua caminhada para rivalizar com os feitos históricos de Demetrious Johnson.

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