Sarah Ramos é fisiologista do VascoDivulgação/Vasco

Uruguai - Um dos destaques na última temporada devido ao baixo número de lesões, o Vasco vem trabalhando duro para melhorar as condições dos jogadores e conta com atuação brilhante do Departamento de Saúde e Performance do clube, com acompanhamento "24 horas" da fisiologista Sarah Ramos. Em entrevista, a profissional destacou as atividades feitas com os atletas e todo o processo de análise.
"Desde o momento que eles chegam para treinar ou no dia do jogo, estamos com eles. Temos os questionários de bem-estar para saber como é que foi esse gap (brecha, intervalo) que a gente tem do fim de um treino até o próximo. Quando eles estão em casa, estão fazendo outras atividades, então monitoramos tudo. É muito importante para ajustar como cada um lidou com o treino anterior", disse, ao site "ge".
O Vasco faz tratamento e acompanha os atletas diariamente. Nos treinos e jogos, as métricas são disponibilizadas em tempo real pela fisiologia do clube e compartilhadas com os demais profissionais do departamento médico, preparadores e comissão técnica. Os jogadores, após as partidas, recebem relatórios oficiais quanto à performance e condições.
"Fazemos esse monitoramento da carga externa pelo GPS, que vai ser o quanto que ele correu. Quantos quilômetros, qual foi essa intensidade, se foi uma alta velocidade, ou não foi. Quantas acelerações ele fez, qual foi a velocidade máxima", explicou.
Das 20 equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas duas contam com mulheres na linha de frente da fisiologia. Além de Sarah Ramos, no Cruz-Maltino, o Athletico Paranaense, Nathália Arnosti também ocupa o cargo.
"No futebol, de maneira geral, não é natural ver a presença de muitas mulheres. Mas hoje vejo que isso melhorou. Nunca achei que trabalharia no profissional por isso, mas consegui. (...) Eu estou há mais de nove anos no Vasco, então a maioria já me conhece há muito tempo. Os atletas que hoje estão um profissional, alguns eu peguei na base. A relação é ótima. Não tenho nada a reclamar ou achar que é tratamento diferente por ser mulher. Infelizmente, no Brasil ainda não é muito comum, mas espero que comece a ser", destacou Sarah.