Pedrinho é o presidente do VascoReprodução

Rio - O presidente do Vasco, Pedrinho, voltou a demonstrar incômodo com a postura da SAF. Em entrevista ao podcast "Futbolaço", o ídolo criticou o contrato com a 777 Partners e lamentou não poder falar tudo que gostaria.
"Fragilizado, contratualmente, ok, de falar o que quero falar. De sócio para sócio, eu falo o que eu quiser falar. Todas as verdades que eu quero. Essa rigidez e dureza que me cobram, internamente, no trato de sócio, em busca de um Vasco melhor, eu faço. Eu tenho zero vaidade. Sei que sou minoritário, tenho 30%. Não concordo com quase nada feito nesse contrato. Não fui eu quem fiz, mas entrei sabendo. O trato interno é duro. Fico indignado com muitas coisas. São cláusulas de confidencialidade que não foram feitas por mim", lamentou Pedrinho.
Apesar de nunca ter sido impedido de ir ao CT Moacyr Barbosa, o presidente voltou a afirmar que não teve qualquer tipo de abertura para debater sobre o futebol do clube, que teve 70% de suas ações compradas pela empresa norte-americana.
"É óbvio que acho que ninguém vai me barrar do CT. Mas o que vou fazer lá? Não participei do planejamento esportivo, não conheço os atletas, não contratei, não vendi. As pessoas querem que eu vá lá para o quê? Mostrar que eu posso entrar? O que efetivamente mostra eu indo lá? Quando entrei para a presidência, entrei para colaborar, construir, mesmo sabendo que tenho 30%. Se a gestão passada teve uma atitude passiva, o problema é dela. Se eles não queriam saber de futebol, eu discordo. Eu quero colaborar. Eu tenho 30%", declarou.
Pedrinho também demonstrou concordar com muitas críticas feitas pela torcida vascaína e se disse "indignado" por metade do aporte da SAF já ter sido usado.
"Eu poderia ajudar. Quem está no controle não sou eu. Minha intenção é participar. Mas se é uma escolha eu não participar, tudo bem. Internamente, vou falar. Publicamente, não posso. Toda indignação com metade do aporte indo embora e o Vasco não ter desempenhado, eu também tenho. O torcedor pode ter certeza que ele está sendo representado e muito. Muito mais que ele imagina", finalizou.
É a segunda vez que Pedrinho demonstra publicamente sua insatisfação com a SAF. No dia 27 de março, ele convocou uma entrevista para falar pela primeira vez após 60 dias no cargo de presidente e afirmou ver com "estranheza" seu distanciamento da 777.