Ramón Díaz não resistiu à goleada sofrida por 4 a 0 para o Criciúma, em São Januário, e não é mais o treinador do Vasco. Mas o caso mostra uma crise entre as duas partes, com duas versões conflitantes já que dirigentes da SAF garantem que ele e o filho e auxiliar, Emiliano, pediram para sair e se despediram dos jogadores no vestiário, enquanto o argentino afirmou em pronunciamento aos jornalistas que soube da demissão pelas redes sociais.
O técnico da equipe sub-20, Rafael Paiva, será o interino no jogo de quarta-feira (1), contra o Fortaleza, fora de casa, pela Copa do Brasil.
O Vasco da Gama informa que imediatamente após a partida Ramón Díaz e Emiliano Díaz não fazem mais parte da comissão técnica.
Ramón Díaz foi um dos alvos da ira da torcida, que ao fim da partida, arremessou copos plásticos em sua direção. A goleada deu fim ao trabalho que completou três derrotas seguidas no Brasileirão e não conseguiu evoluir ao longo de toda a temporada, com um time basicamente jogando com cruzamentos para a área.
O argentino foi contratado em julho de 2023 com a missão de levar o Vasco à fuga do rebaixamento. Naquela época, o time ocupava o 19º lugar na tabela do Brasileirão, com nove pontos em 14 rodadas.
Ele ficou marcado por repetir várias vezes a mesma cena nas coletivas de imprensa: bater a mão na mesa e dizer "o Vasco no va a Bajar" (não vai cair). E cumpriu a promessa, mesmo com muita dificuldade e correndo sério risco até boa parte da última rodada.
Mesmo assim, a SAF vascaína acertou, no fim de dezembro, a extensão de contrato até o fim de 2025. E foi ao mercado em busca de contratações para reforçar o elenco, um pedido constante de Ramón Díaz.
Entretanto, o Vasco quase foi eliminado em casa na segunda fase da Copa do Brasil, vencendo apenas nos pênaltis o Água Santa, e caiu na semifinal do Campeonato Carioca para o modesto Nova Iguaçu, com um empate (1 a 1) e uma derrota (1 a 0).
E no Brasileirão, o time venceu apenas uma vez (Grêmio), na estreia, perdendo nas três rodadas seguintes (Red Bull Bragantino, Fluminense e Criciúma).
Ao todo, o treinador esteve à frente do Vasco em 43 partidas, com apenas 19 vitórias, 11 empates e 13 derrotas, com um aproveitamento de 52,7%.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.