Payet voltou a fazer um gol pelo Vasco após sete meses de jejumMarcelo de Jesus / MDJ Photos / Estadão Conteúdo

Rio - O gol que Payet marcou no empate por 1 a 1 com o Juventude, no último sábado (5), não foi importante apenas para dar fim a seu jejum de bolas na rede, mas também para retomar sua confiança no time carioca. O francês foi o principal destaque do Cruz-Maltino contra os gaúchos, chegando, inclusive, a receber o prêmio de "Craque do Jogo" ao fim do duelo.

Dimitri Payet foi eleito o Craque do Jogo. : @brasileiraobetano.bsky.social

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— News Almirante (@newsalmirantee.bsky.social) October 6, 2024 at 11:49 AM
No confronto do último fim de semana, além de ser decisivo, o meia se mostrou participativo e chamou a responsabilidade, algo que não se via há algum tempo. As atuações recentes foram alvos de críticas, tanto de torcedores quanto de personalidades que já passaram pelo Vasco
Apesar das cobranças, o jogador continua com números de destaque nesta temporada. Ele é o maior garçom do Vasco, com nove assistências. Além disso, tem 61 passes decisivos e é o líder em tempo para participar de um gol do Cruz-Maltino, com 172, de acordo com o "SofaScore".

 Dimitri Payet é o jogador do Vasco com a maior Nota em 2024.  31 jogos (24 titular)  3 gols 9 assistências (1° do time) 172 mins p/ participar (1° do time)  61 passes decisivos (!)  79% acerto no drible (!)  41 faltas sofridas (2° do time)  Nota Sofascore 7.35

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— Sofascore Brasil (@sofascore.com) October 7, 2024 at 12:03 PM

Problemas físicos são empecilho em 2024

O camisa 10 ainda busca melhorar sua condição física, já que neste ano vem sofrendo bastante com lesões - foram três em um período de três meses. A primeira aconteceu em abril, quando sofreu uma entorse no ligamento colateral medial do joelho direito, precisando desfalcar a equipe por 23 dias.
No mês de junho, uma lesão na coxa direita o tirou dos gramados por mais 16 dias. Já em julho, teve um edema no músculo posterior da coxa esquerda, ficando de fora por outros 23 dias. No total, em 2024, foram dois meses no departamento médico e 13 jogos como ausência.

Dupla com Coutinho

O torcedor do Vasco também deseja ver o francês jogar ao lado de Philippe Coutinho no meio-campo, o que ainda não aconteceu por muitos minutos desde que o camisa 11 retornou ao Gigante da Colina, em julho.
No jogo do último sábado, Payet iniciou como titular, mas saiu no segundo justamente para a entrada de Coutinho. Na coletiva após o jogo, o técnico Rafael Paiva, não descartou a possibilidade de ter os dois atuando juntos, mas justificou que ainda busca um "cenário tranquilo" para ter os dois lado a lado. 
"Nós sempre falamos sobre isso. Eles são muito acima da média, mas não conseguimos um cenário tranquilo para colocar os dois juntos. A gente não consegue um cenário tranquilo para colocar os dois juntos. No Vasco não temos tranquilidade há muito tempo nesse sentido. Nenhuma equipe tem também. Os dois vão jogar a qualquer momento (juntos). Se o jogo estivesse mais ao nosso favor hoje, poderíamos ter feito isso, mas o jogo se tornou muito de transições, passando pouco por dentro, então não vale a pena ter os dois", disse o treinador.

Reta final de temporada

Com Payet se mantendo saudável, a equipe comandada por Rafael Paiva pode ganhar um "reforço" para a reta final de 2024, que será importante para o Vasco.
No sábado (17), às 18h30 (de Brasília), em São Januário, o Cruz-Maltino faz a segunda e decisiva partida das semifinais da Copa do Brasil contra o Atlético-MG. Na ida, em Belo Horizonte, a equipe de Rafael Paiva perdeu por 2 a 1. Uma vitória por dois gols de diferença coloca os cariocas na final. Caso vença apenas por um, a vaga na decisão será decidida nos pênaltis.
Além disso, embora não seja uma missão simples, o Gigante da Colina sonha com uma vaga no G-6 do Campeonato Brasileiro - são nove pontos atrás do Internacional, que está em sexto. Das dez partidas restantes na competição, seis serão no Rio de Janeiro, o que pode dar força ao time em busca desse objetivo.
*Reportagem do estagiário Lucas Dantas, sob a supervisão de João Alexandre Borges