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por Beatriz Marques

Hoje é a abertura oficial do restaurante Banzeiro, em São Paulo. E a casa estava lotada já no almoço.

O chef Felipe Schaedler conseguiu trazer um bom equilíbrio de suas duas casas em Manaus — o Banzeiro e o Moquém do Banzeiro — para o charmoso endereço no coração do Itaim Bibi, um dos bairros de maior movimento “gastronômico” na cidade.

A influência amazônica transborda tanto no ambiente (desde a canoa pendurada até a parede de taipa no salão) quanto no cardápio. Receitas tradicionais caminham bem ao lado de versões contemporâneas de Schaedler para ingredientes típicos da região, que tornam o menu ainda mais atraente para quem deseja mergulhar nos sabores que vêm da floresta.

Se você curte os peixes de rio, não faltam opções com os suculentos tambaqui e pirarucu. Vão desde a costelinha de tambaqui em molho agridoce (R$ 42), um dos sucessos do Moquém, e o bao (pão chinês feito no vapor) de pirarucu frito com aïoli, picles de vitória-régia e rúcula selvagem (R$ 12), duas sugestões de entrada; até a delicada caldeirada de tambaqui na brasa, com legumes tostados, ovo cozido e caldo de peixe (R$ 64) e a ventrecha de pirarucu com purê de banana, minicenouras, lâminas de castanha-do-pará fresca e demi-glace vegetal com tucupi (R$ 67), na lista dos principais. “Consigo trazer os peixes direto de Manaus para cá refrigerados”, conta o chef.

A logística de entrega de produtos amazônicos frescos foi um dos maiores desafios de Schaedler para conseguir dar vida ao Banzeiro paulistano — além dos peixes, vale citar o tucumã, que entra na sua versão de x-caboquinho servido no bao (R$ 12), a farinha de Uarini e os cogumelos yanomamis (outra marca do trabalho de Schaedler).

E para ter sempre ervas frescas da Amazônia à disposição, uma solução que está tomando corpo é a instalação de uma horta no terceiro andar da casa. Já estão sendo cultivadas plantas como bertalha, vinagreira, cariru — a ideia é ver quais exemplares se adaptam bem ao clima paulistano.

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