O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do RJ, Bernardo Rossi, destaca a importância do Florestas do AmanhãFoto: Fabiano Veneza - Seas-RJ - Imagem cedida ao DIA
Segunda fase de programa de reflorestamento é lançada em Guapimirim
Iniciativa é do governo fluminense e prevê o replantio de mudas nativas da Mata Atlântica para Guapimirim, Magé e Cachoeiras de Macacu
Guapimirim – A segunda fase do programa ‘Florestas do Amanhã’ foi lançada na manhã desta quinta-feira (23) no auditório da Prefeitura de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A iniciativa é do governo estadual e prevê o reflorestamento de 150 hectares da Mata Atlântica nos municípios de Guapimirim, Magé e Cachoeiras de Macacu, com foco no recôncavo da Baía de Guanabara. A área em questão equivale a 210 campos de futebol.
O referido programa é de responsabilidade da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (Seas-RJ) e prevê uma série de iniciativas para combater os efeitos adversos das mudanças climáticas, tais como replantio de mudas nativas da região, além de ações preventivas no enfrentamento a desastres naturais e de conscientização ambiental. Serão investidos um total de R$ 60 milhões, sendo metade do Fundo da Mata Atlântica e o restante via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do ‘matchfunding’ entre o Programa Floresta do amanhã e o Programa Floresta Viva.
Antes de continuar, é preciso explicar que ‘matchfunding’ é um tipo de financiamento coletivo realizado por empresas e/ou instituições no qual os entes participantes podem duplicar ou triplicar o valor da colaboração.
A cerimônia, intitulada ‘Nos caminhos da Mata Atlântica: restaurando paisagens produtivas no Recôncavo da Guanabara’, contou com a presença de representantes do poder público: do secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi; da subsecretária estadual de Mudanças no Clima e Conservação da Biodiversidade, Marie Ikemoto; da prefeita de Guapimirim, Marina Rocha, que foi a anfitriã do evento; do prefeito de Cachoeiras de Macacu, Rafael Miranda; e do secretário de Meio Ambiente de Magé, Carlos Henrique Lemos. Ao todo, compareceram mais de 100 pessoas, entre políticos e moradores de comunidades locais.
“Esse evento mostra a conscientização do Governo do Estado para os efeitos das mudanças climáticas. Este não é mais um problema do futuro, mas uma questão do agora. E uma das ações mais efetivas para enfrentar esse problema é combater na raiz o desmatamento, além de restaurar áreas estratégias para prevenção de enchentes e deslizamentos, protegendo os mananciais. Hoje já estamos vivendo o impacto das mudanças climática”, destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Bernardo Rossi.
Sobre o ‘Florestas do Amanhã’
Em 2023, a Seas-RJ lançou um edital para projetos de recuperação ambiental no montante de R$ 25 milhões, a ser executado em até 48 meses, para a Região Hidrográfica V, formada pelos seguintes municípios: Cachoeiras de Macacu, Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo e Tanguá.
“O ‘Florestas do Amanhã’, iniciativa do governo do Estado do Rio de Janeiro visa restaurar o bioma e conta com recursos de mais de R$ 430 milhões, por meio do Fundo da Mata Atlântica. Com apenas 28% de sua cobertura florestal original e uma vasta variedade de espécies endêmicas, a Mata Atlântica é uma das regiões biogeográficas prioritárias para a conservação e restauração de ecossistemas no Brasil e no mundo. A iniciativa busca aumentar a cobertura florestal do estado do Rio de Janeiro em 10%, chegando a um total de 40% do território coberto pela Mata Atlântica”, explicou a Seas-RJ.
O supracitado programa prevê a restauração de 440 hectares em diversas etapas até o ano de 2050, de modo a contribuir para a retirada de 159 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera, ademais do grande potencial de absorção pelo solo tropical e manutenção hídrica das regiões.
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