Estação de trem de GuapimirimFoto: Divulgação - Arquivo

Guapimirim – Usuários de trem da extensão Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, estão sem o serviço desde o último sábado (24), por conta de mais uma “ocorrência técnica com a locomotiva”. O anúncio foi feito pela SuperVia nas redes sociais às 12h32, e até às 19h25 desta terça-feira (27), a operação não tinha sido normalizada.
A extensão Guapimirim conecta os passageiros entre esse município e a estação de Saracuruna, em Duque de Caxias, passando por Magé, na Baixada Fluminense.
As opções para os guapimirienses que trabalham em Duque de Caxias ou no Rio de Janeiro, por exemplo, são ônibus e vans, cujas passagens são o dobro da tarifa do trem. Enquanto o valor cheio no transporte ferroviário é de R$ 7,10, no rodoviário custa R$ 15,10.
Apenas os passageiros com a função Bilhete Único Intermunicipal ativada no RioCard pagam mais barato. No trem, o valor descontado é de R$ 5, enquanto que nos ônibus e vans, R$ 8,55. O benefício permite pegar outro transporte intermunicipal ou municipal, inclusive metrô, BRT e barcas.
Nos últimos 30 dias, o serviço já foi suspenso ao menos três vezes. No último dia 18 de agosto, por exemplo, a composição que opera em Guapimirim também apresentou problema. O aviso aos passageiros foi divulgado às 12h31, com restabelecimento somente às 21h43 do mesmo dia.
Ocorrências técnicas com a locomotiva já se tornaram um problema crônico para usuários da extensão Guapimirim. Às 8h31 do último dia 29 de julho, o serviço precisou ser suspenso e só foi normalizado às 15h23 do mesmo dia.
Infelizmente, os usuários da extensão mencionada não podem contar com o serviço regularmente. O que tem sido frequentes na SuperVia são os problemas e os descasos.
Os problemas acontecem em meio a uma batalha judicial entre a concessionária e o Governo do Estado do Rio de Janeiro sobre a responsabilização e a continuidade das operações. Em maio deste ano, a empresa ingressou com uma ação na 6ª Vara Empresarial de Justiça do Rio de Janeiro, cobrando ao estado fluminense o pagamento de indenizações relativas a gratuidades e compensações na passagem aos usuários do Bilhete Único Intermunicipal, congelamento de tarifa durante a pandemia de coronavírus e também devido a atos de vandalismo e e furtos de cabo na malha ferroviária.