Macaé e Porto do Açu emergem como polos estratégicos na produção de hidrogênio verde, impulsionando a transição energética no BrasilFoto: Ilustração
O "Mapa Estratégico do Hidrogênio para o Rio de Janeiro", produzido pela Firjan SENAI SESI, destaca o estado como um forte potencial produtor do combustível. O Rio de Janeiro é o maior produtor de gás natural e está expandindo suas fronteiras de produção de energias renováveis, incluindo a implantação de eólicas offshore ao longo da costa.
Francisco Roberto de Siqueira, presidente da Firjan Norte Fluminense, enfatiza a importância do desenvolvimento desses projetos e a formação de mão de obra qualificada para o novo mercado. A Firjan está ativamente contribuindo com tecnologias por meio de sua rede de institutos de tecnologia e inovação.
Em junho, a Prumo, holding responsável pelo desenvolvimento do Porto do Açu, firmou um Memorando de Entendimentos com a Eletrobras para avaliar a implantação de projetos de baixo carbono focados na produção de hidrogênio renovável (H2R). Este acordo avaliará a viabilidade técnica, ambiental e financeira para a instalação da planta e o uso de recursos para pesquisa e desenvolvimento, além de financiamentos públicos e privados que incentivem projetos relacionados.
Mauro Andrade, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Prumo, destaca a importância desta parceria para consolidar o Porto do Açu como uma plataforma para a transição energética no Brasil. Com a recente emissão da licença ambiental para projetos de hidrogênio renovável, amônia e e-combustíveis, o Porto do Açu está preparado para se tornar um grande hub de hidrogênio verde, contribuindo para a descarbonização da economia e a segurança energética.
Além dos projetos do Porto do Açu, o documento também destaca Macaé, conhecida como a capital da energia, com um grande potencial para expandir o uso do hidrogênio. Macaé pode utilizar o hidrogênio em usinas de fertilizantes, onde ele é um insumo essencial.
O desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil enfrenta desafios como a competitividade de preços e a necessidade de regulamentação adequada. Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan, destaca a importância de um ambiente regulatório favorável para estimular a demanda por hidrogênio. Entre as oportunidades, estão a ampliação de fontes de energia, a descarbonização, o desenvolvimento tecnológico e a exportação do energético.
A aprovação do Marco Legal do Hidrogênio no Brasil é um avanço significativo, estabelecendo regras claras e incentivando novos projetos industriais. Segundo a Firjan, a nova lei cria um ambiente de segurança jurídica que atrai investimentos e possibilita o desenvolvimento de toda a cadeia de valor do hidrogênio. Com o potencial de investimentos de R$ 40 bilhões no estado, o Rio de Janeiro está preparado para liderar a transição energética no Brasil.
A sanção presidencial do Projeto de Lei 2308/23 é aguardada com expectativa, estabelecendo um marco regulatório que define limites claros para as emissões de carbono do hidrogênio, seja como fonte de energia ou insumo industrial.
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