Venezuelanos confrontam guardas nacionais na Ponte Simon Bolivar, em Cucuta, na Colombia, e pedem que eles deixem a ajuda humanitária passar  - AFP
Venezuelanos confrontam guardas nacionais na Ponte Simon Bolivar, em Cucuta, na Colombia, e pedem que eles deixem a ajuda humanitária passar AFP
Por O Dia

Caracas - O líder da oposição ao governo de Nicolas Maduro, o parlamentar Juan Guaidó, pediu em sua conta oficial do Twitter, que a população "saia massivamente pelas ruas do país, manifestando-se pacificamente" para que as Forças Armadas deixem passar a entrada de ajuda humanitária no país. "Pelas nossas fronteiras, por mar e terra, traremos a esperança, a comida e os medicamentos para os mais necessitados", disse Guaidó. Além dele, o próprio presidente também aproveitou o espaço para pedir mobilização do povo "para defender a nossa independência, com consciência e alegria".

"Para a FANB reiteramos nossa ordem: obedeçam à Constituição, deixem a ajuda humanitária e se coloquem ao lado do povo. Hoje têm em suas mãos a vida de centenas de milhares de venezuelanos. Todo o país e o mundo terão seus olhos em vocês. Decidam bem", acrescentou Guaidó, na publicação.

Venezuelanos confrontam guardas nacionais na Ponte Simon Bolivar, em Cucuta, na Colombia, e pedem que eles deixem a ajuda humanitária passar - AFP

Na mesma mensagem, Maduro ainda colocou: "não haverá guerra nas terras de Bolivar e Chaves, aqui a paz triunfará, a Venezuela é respeitada".

Neste sábado, membros da oposição venezuelana lideram uma operação de entrega de cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos à população. A delegação irá tentar atravessar as fronteiras do país com a Colômbia e o Brasil, que estão fechadas por ordens do presidente Nicolas Maduro. A estratégia da oposição é levar o auxílio por meio de três ações simultâneas, com eventos na Colômbia, assistência prestada por via marítima e através da fronteira da Venezuela com o Brasil.

O presidente do país Nicolas Maduro recusou a entrada da ajuda de outros países e ordenou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde ontem, a região fronteiriça está sob vigia das Forças Armadas venezuelanas. Ontem, em um conflito entre civis e militares, dois indígenas foram mortas e outros 22 ficaram feridos.

Na madrugada de sexta-feira para sábado, tropas de choque do governo de Nicolas Maduro obrigaram civis se afastarem da estrada para o ponte Simon Bolivar, que liga o país à Colômbia. O governo venezuelano havia dito que fecharia três de suas pontes na fronteira. Centenas de militares e caminhões das Forças Armadas cercam as fronteiras do país. 

*Com informações da Associated Press e Estadão Conteúdo

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