Dos 300 alunos presentes na escola, 55 deles possuem aprovação para que passem pelo 'tratamento de choque' Reprodução

Por iG
O Centro Educacional Judge Rotenberg, localizado em Massachusetts, nos Estados Unidos, focado para alunos especiais, apelou e obteve uma vitória judicial para continuar a realizar métodos 'questionáveis' de ensino: a utilização do choque elétrico.
Segundo informações do jornal Independent, o tribunal norte-americano decidiu que o Food and Drug Administration (FDA) - órgão que se assemelha à Anvisa, no Brasil - não tem poder para impedir a escola Judge Rotenberg um dispositivo chamado de Desacelerador Eletrônico Graduado (DEG) como "tratamento de último recurso".
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Dos 300 alunos presentes na escola, 55 deles possuem aprovação para que passem pelo 'tratamento de choque'

O colégio Rotenberg informou que os choques são realizados sob a autorização da família do aluno e de um juíz local. A principal alegação dos familiares é a de preferir choques elétricos ao uso de medicamentos.
Em um comunicado, o centro educacional alegou que, "com o tratamento, esses residentes podem continuar a participar de experiências enriquecedoras, desfrutar de visitas com suas famílias e, o mais importante, viver em segurança e livres de comportamentos autoagressivos e agressivos."
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A associação de pais dos alunos que estudam em Rotenberg elogiou o posicionamento do tribunal. Em nota, o grupo ressaltou que continuarão a lutar "para manter nossos entes queridos vivos e seguros e para manter o acesso a este tratamento de último recurso que salva vidas."
O FDA articulou para banir os dispositivos em 2016 e chegou a publicar uma portaria proibindo a sua utilização. Sua proibição, porém, não chegou a entrar em vigor.
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