O Iraque é uma carta estratégica para Washington, que lidera uma coalizão internacional para combater o Estado Islâmico na SíriaAFP
Biden encontra líder do Iraque para discutir presença militar dos EUA no país
Cerca de 2.500 tropas dos EUA ainda permanecem no Iraque como parte da coalizão contra o Estado Islâmico
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebe nesta segunda-feira, 26, o debilitado primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazimi, que está encurralado entre sua aliança com Washington e as facções pró-Irã de seu país. O ponto principal da agenda será a presença de tropas norte-americanas e, mais amplamente, se Bagdá tem capacidade suficiente para acabar com as células remanescentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Na semana passada, o EI reivindicou um ataque suicida em um mercado de Bagdá que deixou 30 mortos, segundo dados oficiais. Entretanto, as forças americanas no Iraque foram alvo de ataques de milícias pró-Irã que receberam retaliação militar de Washington.
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Cerca de 2.500 tropas dos EUA ainda permanecem no Iraque como parte da coalizão contra o EI. Entre elas estão forças especiais cuja quantidade não foi publicamente anunciada. Kazimi, líder de um país que sofre altos índices de violência, pobreza e corrupção, quer que Estados Unidos se comprometam, ao menos formalmente, a reavaliar sua presença no Iraque.
A três meses das eleições legislativas, Kazimi espera recuperar territórios de seu país que estão nas mãos de facções pró-iranianas hostis à presença americana. Tecnicamente, não há tropas de combate no Iraque, para onde o Exército americano enviou oficialmente apenas assessores ou instrutores.
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O Iraque é um vínculo estratégico para Washington, que lidera uma coalizão internacional que combate o EI na Síria. Deixar o Iraque à mercê da influência do Irã está fora de discussão para os Estados Unidos, devido às suas renovadas tensões com Teerã.
Neste contexto, "parece improvável que a quantidade de tropas americanas se reduza automaticamente", disse uma fonte diplomática ocidental.
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Ramzy Mardini, especialista em Iraque do Instituto Pearson da Universidade de Chicago, acredita que a reunião entre Biden e Kazimi foi marcada para ajudar o líder iraquiano a aliviar as pressões internas, "mas a realidade no terreno refletirá o status quo e uma presença permanente dos Estados Unidos".
No entanto, o que os especialistas regionais mais temem é uma continuação, ou até mesmo uma intensificação, dos ataques dos pró-iranianos.
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Na sexta-feira, um drone atacou uma base militar no Curdistão iraquiano, que abriga tropas americanas, mas não deixou vítimas. O denominado Comitê de Coordenação da Resistência Iraquiana ameaçou, também na sexta-feira, continuar com os ataques até que todas as tropas americanas se retirem e a "ocupação" termine.
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