Presidente dos Estados Unidos, Joe BidenAFP

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu respeitar o prazo de 31 de agosto para retirar as forças americanas do Afeganistão, informou a imprensa americana nesta terça-feira, 24.
Biden tomou a decisão depois de conversar com seus homólogos do G7 após um pedido dos talibãs para que os Estados Unidos não estendessem sua estadia lá além do fim do mês, informaram CNN, Fox News e outros veículos, citando altos funcionários americanos.
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Era esperado que ele anunciasse essa decisão nesta terça-feira à tarde, em meio à preocupação de que milhares de americanos e afegãos que trabalharam para as tropas dos EUA e da coalizão de aliados não consigam ser retirados do país.
Isso significa que os quase seis mil soldados dos Estados Unidos que tomaram o controle do aeroporto internacional Hamid Karzaim, em Cabul, desde 14 de agosto, têm apenas sete dias para concluir sua operação e sair.
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A decisão foi tomada um dia após autoridades da Alemanha, Reino Unido, França e outros países expressarem sua esperança de que os EUA mantenham a ponte aérea depois do fim do mês, para permitir a saída de toda a sua equipe local, assim como de seus cidadãos.
No entanto, os líderes do 67, em uma videoconferência na manhã desta terça-feira, decidiram aparentemente cumprir o prazo que Biden estabeleceu em abril.
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O primeiro-ministro britânico Boris Johnson declarou após a reunião que os talibãs devem garantir a passagem segura dos que querem sair, inclusive após a data limite de 31 de agosto.
Johnson, que convocou a reunião de emergência do G7, disse que ele e seus colegas decidiram um "roteiro para a forma em que vamos colaborar com os talibãs" no futuro.
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O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que o grupo islâmico, que tomou Cabul em 15 de agosto em uma vitória relâmpago que surpreendeu o mundo e encerrou os 20 anos de guerra, não aceitaria uma ampliação do prazo.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, informou que o grupo islâmico estava enviando a mesma mensagem nas comunicações privadas e públicas.
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"Os talibãs foram muito claros sobre quais são suas expectativas", expressou Kirby.
"As declarações públicas e privadas são as mesmas; sem entrar em detalhes, não vejo muita dissonância", declarou aos jornalistas.