Soldado ucraniano AFP

Kiev - Resistindo aos ataques dos militares russos para a ocupação da Ilha de Cobra, no Mar Negro, militares ucranianos disseram a um oficial a bordo da marinha inimiga "vão se f..." antes de serem bombardeados. Veja o momento com tradução em inglês:
Segundo o governo ucraniano, os 13 soldados morreram no local. A Ilha de Cobra é uma ilha ucraniana localizada a 300 km da Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014.

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskiy anunciou que irá condecorar os combatentes com a ordem de heróis da Ucrânia. "Todos os oficiais da fronteira morreram heroicamente, mas não desistiram", disse.
O áudio do diálogo do oficial da marinha russa com os ucranianos foi publicado por diversos veículos de mídia, como The Guardian, CNN e pelo portal de notícias ucraniano Ukrayinska Pravda.
Entenda o conflito
O conflito na Ucrânia pela Rússia teve início nesta quinta-feira, 24, após o presidente russo Vladimir Putin autorizar a entrada de tropas militares no país do leste europeu. A invasão culminou em ataques por ar, mar e terra, com diversas cidades bombardeadas, inclusive a capital Kiev, que já deixou mais de 130 mortos e mais de 300 feridos. Essa é a maior operação militar dentro de um país europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva provocou clamor internacional, com reuniões de emergência previstas em vários países, e pronunciamentos de diversos líderes espalhados pelo mundo condenando o ataque russo à Ucrânia. Em razão da invasão, países como Estados Unidos, Reino Unido e o bloco da União Europeia anunciaram sanções econômicas contra a Rússia.
A invasão ocorreu dois dias após o governo russo reconhecer a independência de dois territórios separatistas no leste da Ucrânia - as províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos "nazistas", segundo o presidente russo.
 
Outros motivos de Putin pela invasão na Ucrânia se dão pela aproximação do país com o Ocidente, com a possibilidade do país do leste europeu fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar internacional, e da União Europeia, além da ambição de expandir o território russo para aumentar o poder de influência na região.