Missões de retirar civis foram prejudicadas por violações do cessar-fogo anunciadosAFP
Mariupol. Direct strike of Russian troops at the maternity hospital. People, children are under the wreckage. Atrocity! How much longer will the world be an accomplice ignoring terror? Close the sky right now! Stop the killings! You have power but you seem to be losing humanity. pic.twitter.com/FoaNdbKH5k
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 9, 2022
Para tirar os moradores de zonas de conflito, os corredores humanitários têm funcionado parcialmente. Em Mariupol, todas as tentativas até agora foram frustradas por causa dos bombardeios. Em teoria, haveria um cessar-fogo das 9 horas às 21 horas desta quarta em seis cidades ucranianas.
"Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais", afirma uma mensagem publicada no Telegram pelos serviços de emergência, que chegaram ao local às 23H00 locais. Os socorristas encontraram os corpos de nove civis e conseguiram resgatar uma mulher dos escombros. Sumy, perto da fronteira com a Rússia, é cenário de combates violentos há vários dias.
São 143.959 refugiados adicionais na comparação com terça-feira.
A marca dos dois milhões foi superada na véspera, somente 12 dias depois do início do conflito, disse Filippo Grandi, alto comissário para os refugiados, o que representa o fluxo de exilados mais rápido no continente europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
As autoridades na zona de guerra e a ONU asseguram que este fluxo vai aumentar ainda mais. Várias tentativas de abrir corredores humanitários fracassaram desde o início da guerra, mas um novo acordo foi alcançado na manha desta quarta-feira.
Segundo a ONU, até quatro milhões de pessoas poderão abandonar o país por causa do conflito.
Antes do começo do conflito, a Ucrânia tinha mais de 37 milhões de habitantes nos territórios controlados por Kiev, o que não inclui a península da Crimeia - anexada pela Rússia em 2014 - nem as duas zonas que estão nas mãos dos separatistas pró-russos no leste do país.
A Polônia recebe mais da metade dos refugiados, ou seja 1.294.903, segundo o balanço do ACNUR de 8 de março. Os agentes fronteiriços poloneses anunciaram nesta quarta-feira pela manhã que 1.330.000 pessoas entraram no país procedentes da Ucrânia durante o conflito, 93% delas ucranianas. Na véspera, terça-feira, as autoridades registraram 142.400 entradas.
A Hungria acolheu até o momento 203.222 refugiados, um pouco menos de 10% do total, segundo o ACNUR. O país conta com cinco postos fronteiriços com a Ucrânia e várias cidades limítrofes, como Zahony, colocaram edifícios públicos à disposição para alojar os ucranianos
Cerca de 153.303 ucranianos fugiram em direção à Eslováquia desde o início da guerra, segundo a agência da ONU, 12.613 a mais que o informe anterior. E o número de pessoas que se refugiaram na Rússia se estabeleceu em 99.300 pessoas até a data de 8 de março, sem mudanças em relação à véspera. O Acnur apontou que, entre 18 e 23 de fevereiro, 96 milpessoas passaram dos territórios separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk para a Rússia.
O número de ucranianos chegados à Moldávia não se alterou desde domingo na contagem do Acnur. Segundo esta última cifra disponível, 82.762 refugiados chegaram à Moldávia, ainda que uma parte siga seu caminho rumo à Romênia ou Hungria, onde têm familiares.
Na Romênia o Acnur contabilizou 85.444 refugiados até domingo. Como na Moldávia, muitos refugiados decidem seguir para outros países mais ao oeste. A agência da ONU também contabilizou que 235.745 pessoas, mais de 10% do total, refugiaram-se em outros países europeus, mais distantes das fronteiras ucranianas.
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