Policiais e moradores ao lado de uma cratera em frente a uma casa danificada por bombardeios recentes, nos arredores de Kiev, na Ucrânia, neste sábado (12)DIMITAR DILKOFF / AFP
Ucrânia acusa Rússia de matar sete civis, sendo uma criança, durante evacuação
Estas pessoas tentavam deixar o povoado de Peremoga para se unirem ao de Gostroluchchia, 70 km ao leste de Kiev
Kiev - As tropas russas atiraram na sexta-feira contra um grupo de civis enquanto eram evacuados de um povoado perto de Kiev, matando sete pessoas, entre elas uma criança, informou o serviço de Inteligência militar da Ucrânia neste sábado, 12.
"Durante uma tentativa de evacuação do povoado de Peremoga (...), em um corredor 'verde' combinado, os ocupantes abriram fogo contra um grupo de civis, composto exclusivamente por mulheres e crianças. O resultado deste ato brutal foi sete mortos. Um deles é uma criança", informou a Inteligência ucraniana no Facebook.
Estas pessoas tentavam deixar o povoado de Peremoga para se unirem ao de Gostroluchchia, 70 km ao leste de Kiev. "Depois do tiroteio, os ocupantes obrigaram o restante da comuna a voltar ao povoado de Peremoga e não os deixaram sair", informaram.
"Agora é quase impossível estabelecer contato com eles e dar-lhes ajuda humanitária e médica", prosseguiram.
As forças russas não param de sitiar Kiev. Também continuam bombardeando outras cidades ucranianas, afetando em particular vários hospitais em Mikolaiv e na estratégica cidade portuária de Mariupol, já devastada após quase duas semanas de cerco.
Na quarta-feira, um hospital pediátrico e uma maternidade foram atacados nesta cidade do sudeste do país, causando a morte de três pessoas e vários feridos. Estes ataques a civis levaram o Ocidente a acusar a Rússia de cometer "crimes de guerra".
O presidente russo, Vladimir Putin, culpou neste sábado as forças ucranianas de "violações flagrantes" do direito humanitário, durante um, telefonema com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz. As acusações foram qualificadas de "mentiras" pela Presidência francesa.
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