Assembleia em Lahore é vigiada por guarda paquistanêsAFP

Pelo menos seis pessoas, cinco crianças e uma mulher, morreram no leste do Afeganistão por causa de disparos de foguetes das forças militares do Paquistão na fronteira entre os dois países, neste sábado (16).
"Cinco crianças e uma mulher foram mortas e um homem ficou ferido por disparos de foguetes paquistaneses no distrito de Shelton, em Kunar", disse à agência de notícias AFP o diretor provincial de informação Najibullah Hasan Abdal.
Um morador do distrito, Ehsanula (que atende por um único nome como muitos afegãos), confirmou o número de mortos, dizendo que o ataque foi liderado por aviões militares paquistaneses.
Desde que o Talibã assumiu o poder no Afeganistão no ano passado, as tensões nas fronteiras entre os dois países aumentaram, com o Paquistão alegando que grupos armados, como Tehreek e Talk Paquistão (TTP), realizam ataques de solo afegão, através de uma fronteira notoriamente porosa.
Os talibãs afegãos negam abrigar militantes paquistaneses e denunciam o muro que Islamabad ergue para proteger esta fronteira de mais de 2.000 km, conhecida como linha Durand, nome herdado dos tempos coloniais.
Um ataque semelhante foi realizado antes do amanhecer de sábado na província afegã de Khost, disse outra autoridade afegã.
"Helicópteros paquistaneses bombardearam quatro cidades perto da linha Durand na província de Khost. Eles destruíram casas de civis e deixaram vítimas", disse um funcionário do governo, que pediu anonimato.
Um ex-membro das tribos afegãs de Khost, Gul Markhan, confirmou o ataque.
A Tolo News, a principal rede privada afegã, transmitiu imagens de casas destruídas durante o ataque. "Todos os alvos eram civis inocentes que não tinham nada a ver com o Talibã ou o governo", disse Rasool Jan, morador de Khost.
"Não sabemos quem é nosso inimigo ou por que eles nos atacaram", acrescentou. Centenas de civis também se manifestaram em Khost, exibindo lemas contra os paquistaneses, de acordo com fotos obtidas pela AFP.
O ministro das Relações Exteriores afegão, Amir Khan Muttaqi, convocou o embaixador paquistanês em Cabul para protestar contra esses ataques.
Em fevereiro, seis soldados do exército paquistanês foram mortos por disparos da milícia Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), o braço armado do talibã no Paquistão.