Joe BidenAFP

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (29) 810 milhões de dólares em novos fundos para as ilhas do Pacífico, em uma cúpula com o presidente Joe Biden, num contexto de incursões chinesas nesta região estratégica.
A Casa Branca disse que US$ 600 milhões chegarão na forma de um pacote de ajuda de 10 anos para limpar águas poluídas para apoiar a pesca de atum, enquanto os Estados Unidos também aumentarão a assistência climática, a ajuda ao desenvolvimento e sua presença diplomática.
"As ilhas do Pacífico representam uma voz vital para fortalecer nosso futuro", disse o presidente americano, ao saudar a realização de uma cúpula "histórica", onde, segundo ele, os Estados Unidos apresentaram uma nova estratégia no Pacífico.
Washington anunciou durante o encontro uma subvenção de 20 milhões de dólares a favor do turismo e de alternativas à exploração florestal.
Esta cúpula, inédita em Washington, iniciada na quarta-feira, reúne pela primeira vez uma dezena de dirigentes das nações insulares do Pacífico.
Os Estados Unidos esperam, assim, se reconectar com uma região próxima desde a Segunda Guerra Mundial, mas onde a China tem se tornado cada vez mais importante nos últimos anos por meio de investimentos e treinamento para a polícia.
O Executivo americano também anunciou que os Estados Unidos reconhecerão as Ilhas Cook e Niue, territórios autônomos cuja diplomacia, defesa e política monetária estão vinculadas à Nova Zelândia.
Washington poderá, assim, aumentar sua presença diplomática nessas ilhas, que têm menos de 20.000 habitantes, mas abrangem uma importante zona econômica do Pacífico Sul.
Os Estados Unidos anunciaram recentemente o retorno de uma embaixada americana às Ilhas Salomão, onde a China tem forte presença, e a Casa Branca indicou nesta quinta-feira que embaixadas americanas também serão abertas nas ilhas de Tonga e Kiribati.