O presidente americano, Joe Biden, endureceu o discurso e estuda sanções à Arábia Saudita após corte na produção de petróleo AFP

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden elevou o tom e disse na noite de terça-feira, 11, que haverá "consequências" para a Arábia Saudita após a decisão da aliança da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep+) de cortar a produção de petróleo. Paralelamente, legisladores democratas pedem um congelamento da cooperação com os sauditas.
Em entrevista à CNN, Biden disse que procuraria consultar o Congresso sobre o caminho a seguir. "Haverá algumas consequências pelo que eles fizeram com a Rússia", disse Biden. "Não vou entrar no que considero e no que tenho em mente. Mas haverá consequências."
Biden sugeriu que em breve agiria. Assessores anunciaram que o governo está reavaliando seu relacionamento com o reino saudita à medida que funcionários da Casa Branca dizem que o corte pela Opep+ ajudará a Rússia a encher seus cofres enquanto segue em seu oitavo mês de guerra na Ucrânia.
O senador democrata Richard Blumenthal, de Connecticut, e o deputado Ro Khanna, da Califórnia, introduziram uma legislação que interromperia imediatamente todas as vendas de armas dos Estados Unidos para a Arábia Saudita por um ano. Essa pausa também cortaria as vendas de peças sobressalentes e de reparo, serviços de suporte e apoio logístico.
Há dúvidas, porém, sobre até que ponto Biden está disposto a ir ao mostrar seu descontentamento com os sauditas, um aliado vital, mas complicado, no Oriente Médio. Biden assumiu o cargo prometendo recalibrar o relacionamento com os EUA por causa do histórico de direitos humanos da Arábia Saudita, mas depois fez uma visita ao reino no início deste ano.