Comitê de Investigação da Rússia afirma que um grupo foi bombardeado pelos ucranianos quando tentava atravessar ponte Olga Maltseva/ AFP
Rússia acusa Ucrânia pela morte de quatro civis em Kherson; jornalistas estão entre as vítimas
Outras 13 pessoas ficaram feridas no bombardeio; Kiev nega ter realizado ataque
As autoridades pró-Rússia na região de Kherson, sul da Ucrânia, anunciaram nesta sexta-feira, 21, que quatro pessoas morreram durante um bombardeio noturno em uma ponte sobre o rio Dnieper. Segundo a Rússia, dois jornalistas estão entre as vítimas. Outras 13 pessoas ficaram feriadas. A Ucrânia nega ter realizado o ataque.
Em comunicado, o Comitê de Investigação da Rússia afirmou que um grupo de civis foi bombardeado pelos ucranianos quando tentava atravessar a ponte Antonivskiy. No local é feita a retiradas de moradores da região, antes do avanço das tropas de Kiev. Detalhes sobre a identidade dos jornalistas mortos ainda não foram divulgados.
Uma porta-voz militar ucraniana, Nataliya Gumenyuk, negou que as forças de seu país tenham matado quatro civis, em declarações à televisão nesta sexta-feira. "Não atacamos infraestruturas críticas. Não atacamos cidades pacíficas ou populações locais", disse.
As forças pró-Rússia pediram aos locais que cruzassem para a margem esquerda do rio enquanto avançava a contraofensiva da Ucrânia, que chamou a operação de "deportação" de seus cidadãos. Durante a madrugada de quinta-feira para sexta, as autoridades afirmaram que as forças ucranianas dispararam "12 foguetes Himars contra civis que passavam perto da ponte".
A administração da ocupação já havia dito que 15.000 pessoas atravessaram o rio para se refugiar na margem esquerda do Dnieper. A televisão estatal russa transmitiu imagens de um veículo danificado e do tráfego esperando para atravessar o rio.
As autoridades insistiram que a Rússia não entregará Kherson, a primeira grande cidade ucraniana a cair, em março, diante da ofensiva russa que começou em fevereiro. "Kherson vai resistir até o último homem. Acredite, ninguém está pensando em abrir mão da cidade", disse.