Homem não pisa na Lua desde dezembro de 1972, com a Apollo 17Reprodução

Cinco dias após ter partido da Terra, a cápsula Orion atingiu nesta segunda-feira (21) seu ponto mais próximo da Lua, chegando a cerca de 130 quilômetros da superfície do satélite natural.
Essa manobra marca uma etapa crucial da missão Artemis 1, que levou uma cápsula não-tripulada para a órbita da Lua como forma de preparativo para o retorno do ser humano ao astro celeste.

A Orion foi lançada com o megafoguete SLS (sigla em inglês para Sistema de Lançamento Espacial) em 16 de novembro e, após cinco dias de viagem, alcançou a órbita lunar.

Às 9h44 (horário de Brasília) desta segunda, ligou os motores, entrou no lado oculto do satélite natural e atingiu a distância mínima de 130 quilômetros sobre a superfície.

Graças a essa manobra, o veículo ganhou o impulso necessário para se colocar em uma órbita mais distante e que, na noite de 25 de novembro, a levará a 432 mil quilômetros da Terra.

Essa rota mais afastada se chama órbita retrógrada distante, uma vez que a cápsula se deslocará no sentido oposto àquele em que a Lua se move em torno da Terra. A partir desse momento, a Orion iniciará uma semana de testes para verificar a funcionalidade dos sistemas do veículo, tendo em vista futuras missões tripuladas.
O retorno da cápsula para a Terra está previsto para dezembro. A Artemis 1 será seguida pela Artemis 2, em 2024, com uma missão tripulada na órbita da Lua, e pela Artemis 3, em 2025, com um pouso na superfície lunar.

O objetivo da Nasa e das agências espaciais da União Europeia e do Canadá é estabelecer uma presença humana de longo prazo na Lua, tendo em vista a exploração do Espaço profundo, principalmente o planeta Marte.