Emirados Árabes Unidos é o segundo país a aceitar embaixador da regime talibã afegãoDivulgação
Emirados Árabes se torna o segundo país a aceitar um embaixador do governo talibã
Afeganistão se encontra isolado politicamente
Os Emirados Árabes Unidos aceitaram as credenciais de um embaixador do governo talibã do Afeganistão, informaram fontes oficiais do país, o segundo a fazê-lo depois da China.
"O mundo reconhece os desafios que o Afeganistão enfrentou nos últimos anos", disse uma autoridade dos Emirados em um comunicado enviado à AFP na quinta-feira (22).
"A decisão de aceitar as credenciais do embaixador afegão reafirma nossa determinação em contribuir para a construção de pontes para ajudar o povo afegão", acrescentou.
O Ministério das Relações Exteriores afegão já havia anunciado nas redes sociais que o novo embaixador Mawlawi Badruddin Haqqani foi recebido em uma cerimônia em Abu Dhabi.
As relações entre os Emirados Árabes Unidos e o governo afegão incluem a gestão dos aeroportos do país por uma empresa dos Emirados, a GAAC, após a retirada das forças americanas e o retorno dos talibãs ao poder em 2021.
A aceitação do embaixador pode ser considerada uma vitória das autoridades talibãs, isoladas internacionalmente e não reconhecidas pelas Nações Unidas, em parte devido à sua rigorosa aplicação da lei islâmica e à proibição do acesso das meninas ao ensino médio.
Os Emirados Árabes Unidos são um dos três países, além de Paquistão e Arábia Saudita, que reconheceram o antigo governo talibã, derrubado durante a invasão dos Estados Unidos em 2001.
É também um dos poucos países com presença diplomática talibã, junto com Irã, Paquistão, Uzbequistão, Turquemenistão e Cazaquistão. A Nicarágua nomeou em junho um embaixador não residente no Afeganistão.
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