Profa. Dra. Flávia Pellegrino, da Uezo, alerta para a necessidade de cuidados além do uso de máscaras - Arquivo pessoal
Profa. Dra. Flávia Pellegrino, da Uezo, alerta para a necessidade de cuidados além do uso de máscarasArquivo pessoal
Por Danillo Pedrosa
O uso de máscaras de proteção facial é importante para tentar frear a propagação do novo coronavírus na população, mas não dispensa outras medidas preventivas, alerta a biomédica e microbiologista Flávia Pellegrino, professora da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo)

"Segundo a OMS, usar máscaras sem adotar as medidas necessárias de prevenção e controle da covid-19 não é suficiente para garantir um nível adequado de proteção contra o novo coronavírus. É essencial higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel a 70%, cobrir o nariz e a boca com o cotovelo flexionado ao tossir ou espirrar e evitar aglomerações", disse a professora Flávia.

Até o presente momento, não há evidências científicas de que o uso obrigatório de máscaras garanta a interrupção da disseminação viral. "O novo coronavírus é um microrganismo extremamente pequeno, capaz de atravessar os poros das máscaras, exceto daquelas consideradas equipamentos de proteção respiratória profissionais", completou.

Ainda assim, o uso das máscaras continua sendo importante. "Como o vírus é transmitido por gotículas respiratórias eliminadas através da tosse, espirro ou fala, pode permanecer em partículas em suspensão e contaminar as superfícies; as máscaras funcionam, portanto, como uma barreira para conter essas gotículas reduzindo a transmissão do vírus de uma pessoa para outra".