Imagem digitalizada do novo coronavírus - Divulgação
Imagem digitalizada do novo coronavírusDivulgação
Por O Dia

Um novo estudo realizado publicado pelo jornal norte-americano 'The New York Times' aponta que o risco de transmissão da covid-19 é maior em ambientes fechados. O motivo seria a possibilidade de infecção pelo novo coronavírus por meio das partículas suspensas no ar.

Apesar da publicação, a Organização Mundial de Saúde mantém a posição de que ainda não é possível afirmar uma nova forma de contágio além da transmissão por superfícies. No ar, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) pode ser disseminado por gotículas de saliva espalhadas por tosse e espirros.

Os estudos que contestam a OMS, porém, apontam que ambientes como escolas e shoppings devem garantir bons sistemas de ventilação e filtros de ar para evitar o agravamento da pandemia. A maior dificuldade de estudo, de acordo com os cientistas, é o próprio cultivo do vírus em aerossóis e partículas menores, que comprovariam a teoria.

De acordo com a reportagem publicada pelo 'The New York Times', Benedetta Allegranzi, líder técnica da Organização das Nações Unidas para o Controle de Infecções, afirmou que as evidências do vírus espalhado pelo ar não são convincentes. "Especialmente nos últimos dois meses, temos declarado várias vezes que consideramos a transmissão aérea possível, mas certamente não suportada por evidências sólidas ou até claras. Há um forte debate sobre isso", disse.

Ainda segundo o texto, no início de abril, um grupo de 36 especialistas em qualidade do ar e aerossóis pediu à OMS para considerar a crescente evidência de transmissão aérea do novo coronavírus. "Sabemos desde 1946 que tossir e falar geram aerossóis", diz Linsey Marr, especialista em transmissão aérea de vírus da Virginia Tech. "Os cientistas não conseguiram fazer crescer o coronavírus a partir de aerossóis no laboratório, mas isso não significa que eles não sejam infecciosos".

(com informações do iG-Saúde e agências)

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