Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Fabrice Coffrini/AFP
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom GhebreyesusFabrice Coffrini/AFP
Por AFP
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) descreveu os casos de corrupção em torno dos equipamentos de proteção (EPI) usados no contexto da pandemia de covid-19 como "assassinato".
"Qualquer nível de corrupção é inaceitável. A corrupção relacionada aos EPIs é para mim um assassinato", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, questionado por um jornalista sobre casos de corrupção na África do Sul.
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"Se os trabalhadores da saúde trabalharem sem EPIs, suas vidas correm perigo. E isso também põe em risco a vida das pessoas a quem servem. Portanto, é crime e é assassinato. Isso tem que acabar", acrescentou o chefe da agência de saúde da ONU.
A África do Sul tem um dos melhores sistemas de saúde da África, mas recentemente se multiplicaram as denúncias de corrupção na distribuição de equipamentos de proteção para profissionais de saúde, afetando a imagem do presidente Cyril Ramaphosa.
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No último mês, as críticas ganharam proporção depois que a imprensa revelou irregularidades na concessão de um contrato ao marido da porta-voz do presidente, Khusela Diko, que teve de se afastar do cargo durante o período da investigação.
Desde então, outros dirigentes do Congresso Nacional Africano (ANC), como o secretário-geral do partido no poder, Ace Magashule, também foram afetados por escândalos deste tipo. No entanto, todos alegam inocência.
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Diante da pressão crescente, o presidente Ramaphosa declarou que "perseguiria as hienas que se aproximassem das presas feridas"