Por caio.belandi
Síria - Nesta quinta, as primeiras pessoas retiradas da cidade síria de Aleppo deixaram os bairros rebeldes a bordo de vários ônibus e ambulâncias. Mas a saída de habitantes mostrou-se um problema nos últimos dias, enquanto as forças do governo se aproximavam.

Mais de 50 mil civis que se rebeleram contra o presidente sírio Bashar al-Assad ainda estão presos no meio do que foi descrito por um porta-voz da ONU como uma "fusão completa da humanidade". 

As forças do regime sírio tomaram grande parte do leste de Aleppo, que foi mantida por rebeldes por quatro anos. Entretanto, há vários relatos de que as militares sírios ealizaram execuções em massa.

O medo toma conta de todos na cidade. De acordo com a ativista Lina Shamy, eles são ameaçados de execuções ou mesmo morrem sob bombardeio.

Um outro ativista, o professor de inglês, Abdulkafi al-Hamdo, compartilhou um vídeo do no Twitter dizendo que havia desistido da comunidade internacional. "Não acredite mais nas Nações Unidas, não acredite mais em comunidade internacional, não pense que eles não estão satisfeitos com o que está acontecendo", disse Al Hamdo. "Eles estão satisfeitos que estamos sendo mortos."

Em seguida, postou "a última mensagem": "Obrigado por tudo. Nós compartilhamos muitos momentos. Os últimos tweets eram de um pai emocionado. Adeus".

Civis caminham pelo bairro de Aleppo ainda na mão de rebeldesEfe
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Retirada
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Cerca de 15 veículos, que transportavam principalmente feridos e seus parentes, saíram do bairro de Al Amiriyah e se dirigiam para Ramusa, sob controle do regime.
O comboio avançava muito lentamente, precedido por veículos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e do Crescente Vermelho sírio.
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Atrás iam 13 ambulâncias e 20 ônibus verdes. "Eles se dirigirão à província de Aleppo", em grande parte controlada pelos rebeldes, indicou à AFP Ingy Sedky, porta-voz do CICV na Síria.
Com informações da AFP