"Não podemos descartar que o autor esteja em fuga", disse ao canal ZDF o ministro do Interior, Thomas de Maiziere.
O chefe de polícia de Berlim, Klaus Kandt, anunciou um nível de alerta elevado e a ampliação das medidas de segurança.
"Estamos em um caso em que talvez tenhamos um criminoso perigoso na região e isto, obviamente, deixa as pessoas nervosas", disse Kandt.
Após a liberação do suspeito, Kandt afirmou ao canal ARD acreditar que "um ou mais" criminosos podem estar fugindo e que possivelmente estão armados.
Várias linhas de investigação
Na segunda-feira à noite, um caminhão com placa da Polônia avançou contra uma multidão em uma das feiras de Natal mais movimentadas de Berlim, arrastando todos os quiosques e visitantes que estavam em sua frente.
O balanço do atentado é de 12 mortos e 48 feridos, sendo que 24 permanecem hospitalizados e 14 deles se encontram em estado crítico.
Seis mortos foram identificados como alemães, segundo a polícia, que prossegue com vários exames.
"Ninguém vai descansar até que o autor ou os autores sejam presos", completou ao canal público ARD.
Na cabine do caminhão foi encontrado o corpo de um cidadão polonês, assassinado com uma arma de fogo. As autoridades acreditam que era o motorista que trabalhava com o caminhão utilizado no ataque.
A chanceler Angela Merkel visitou na terça-feira o local do ataque e respeitou um minuto de silêncio.
O ataque aconteceu em um momento delicado para Merkel, que vai disputar um quarto mandato em 2017, mas que recebeu fortes críticas recentemente por sua decisão de abrir as fronteiras aos refugiados no ano passado.
A entrada de 890.000 refugiados polarizou o país e muitas vozes críticas da decisão da chanceler de receber os migrantes utilizaram como argumento os riscos para a segurança.
Após o ataque, os opositores denunciaram que a abertura de Merkel coloca o país em risco.
Marcus Pretzell do partido de direita Alternativa para Alemanha, que tem um discurso anti-imigração, afirmou que as vítimas de Berlim são "os mortos de Merkel".
De Maiziere respondeu e chamou as acusações de "odiosas", de acordo com o jornal Bild.