Em entrevista à emissora "CNN", o pai desabafou: "O mundo tem que prestar atenção agora. Quando vejo essa foto tenho vontade de morrer. Não há motivos para continuar vivendo nesse mundo", disse.
Desde outubro de 2016, 50 mil muçulmanos rohingyas fugiram de Mianmar para tentar escapar dos militares birmaneses. Ao chegar em Bangladesh, a minoria conta que o exército da Birmânia pratica com eles torturas, estupros coletivos e assassinatos.
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"No meu vilarejo, helicópteros disparavam armas contra nós e os soldados também. Meus avós foram queimados vivos. Toda nossa vila foi queimada pelos militares. Não restou nada", contou Zafor. "Quero que todos saibam, o governo de Mianmar vai matar todos os Rohingya se for lhe dado mais tempo", completou.
O governo birmanês nega as acusações, mas não se explica e sua reação foi chamada, em dezembro do ano passado, de "contraproducente e insensível" pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein.