Por rodrigo.sampaio

Espanha - A organização terrorista Estado Islâmico (EI) proibiu seus "soldados" de usarem as redes sociais e ameaçaram com sanções qualquer um que infringir tais instruções.

Imagens cedidas pela Guarda Civil Espanhola mostram prisão de marroquino extremista que exaltava o Estado Islâmico nas redes sociaisEfe

Em uma carta emitida pelo "Comitê Executivo", a mais alta instância dentro da estrutura "administrativa" do EI, e cuja cópia foi obtida pela Agência Efe, o grupo terrorista qualificou essas redes de ferramentas concebidas pelos "inimigos de Alá e de seu profeta" e monitoradas por eles.

Tal "Comitê" está diretamente vinculado ao "emir" do grupo jihadista, e supervisiona os órgãos civis e militares, assim como as regiões territoriais controladas pelo grupo na Síria e no Iraque.

"O uso extensivo das redes sociais entre os soldados do Estado Islâmico causou grande prejuízo ao grupo", explicou o "Comitê" na nota que decretou a proibição "absoluta" da utilização dessas redes.

A carta foi emitida em 14 de maio e tem um formato usado habitualmente em todos os documentos "oficiais" do grupo jihadista.

As redes sociais e a internet foram as ferramentas que grupos terroristas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico utilizaram para fazer propaganda de sua ideologia radical e reivindicar a autoria de seus ataques terroristas.

Segundo os observadores, essa estratégia teve sucesso para que os grupos terroristas conseguissem captar, através das redes sociais, milhares de combatentes para a jihad - "guerra santa" - no Iraque e na Síria, e em outros focos de tensão.

O presidente americano, Donald Trump, e o rei da Arábia Saudita, Salman bin Abdulaziz, inauguraram no último domingo em Riad um centro de luta contra o extremismo chamado "Moderação".

Esse centro fará o acompanhamento das informações trocadas entre os jihadistas na internet, especialmente através das redes sociais, e promoverá um discurso moderado.

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