Caracas - O comandante-geral da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio Benavides, informou nesta quarta que sete pessoas morreram nos últimos dias e 107 foram detidas como resultado dos saques no estado venezuelano de Barinas, no centro-oeste da Venezuela, onde nasceu o ex-presidente Hugo Chávez. A informação é da Agência EFE.
"Temos uma grande quantidade de feridos por arma de fogo e outros objetos", disse Benavides à emissora estatal VTV do estado. Ele disse que sete pessoas morreram por atos ocorridos em locais de protesto e que as mortes foram "consequência do uso de arma de fogo".
"Temos, pela Guarda Nacional Bolivariana, 107 detidos por incidentes contra a propriedade pública e a propriedade privada", acrescentou o oficial. Benavides informou que os apreendidos serão levados a tribunais e à promotoria militar. Segundo ele, a polícia mobilizou patrulhas na região para manter a vigilância terrestre e aérea, de modo que as pessoas "possam ter a sensação de segurança e confiança".
Além disso, denunciou que vários "delinquentes se aproveitaram da situação para alterar a ordem pública" e classificou os saques de "assaltos". Segundo relatos de vários dirigentes da oposição venezuelana e da imprensa local, mais de 100 estabelecimentos comerciais foram afetados pelos distúrbios desta semana em Barinas, apesar das autoridades não terem divulgado números.
A procuradora-geral, Luisa Ortega, disse ontem que 346 propriedades públicas e privadas foram "queimadas ou saqueadas" em vários estados durante a atual onda de protestos no país, iniciados no dia 1º de abril, que já deixou 55 mortos e cerca de mil feridos.