Itália - A chanceler alemã, Angela Merkel, qualificou neste sábado como "muito insatisfatória" a discussão sobre o acordo contra a mudança climática feita ao longo da Cúpula do G7 na cidade italiana de Taormina.
"Foi muito difícil e muito insatisfatória a discussão geral sobre o tema do clima", avaliou Merkel em declarações à imprensa ao final do encontro, no qual todos os participantes, exceto os Estados Unidos, reiteraram o compromisso de implementar "rapidamente" o Acordo do Clima de Paris.
"Isso significa que por enquanto não há nenhum sinal de que os Estados Unidos permanecerão no Acordo de Paris ou não. O fato de não ter sido possível conseguir avanços aqui é naturalmente uma situação na qual temos que dizer que um acordo internacional importante simplesmente não recebe apoio. Este não é um acordo qualquer. É um acordo básico para dar forma à globalização", lamentou Merkel.
De acordo com a chanceler, a sessão de hoje do G7 começou com uma reunião prévia com representantes de cinco países africanos, encontro que considerou "muito positivo".
"Os países africanos deixaram muito claro que a mudança climática é de uma importância essencial para eles, assim como também o financiamento. E quando pensamos nos pequenos Estados-Ilha, cuja existência depende disso, percebemos a importância do acordo sobre o clima. Ainda não tivemos uma posição comum aqui, mas deixamos muito claro que não abdicamos das nossas posições", insistiu Merkel.
Segundo a declaração final do G7, os chefes de Estado e governo de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido e os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu disseram entender que Washington não está em condições de se juntar à iniciativa no momento.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou que "na próxima semana" decidirá se o país deve continuar fazendo parte do Acordo Climático de Paris.