Por rodrigo.sampaio

Varsóvia - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu, em entrevista coletiva na Polônia, que os países aliados confrontem o que chamou de "mau comportamento" da Coreia do Norte. Trump voltou a afirmar que algo precisa ser feito em relação ao país.

"Estamos considerando algumas coisas muito severas em relação à Coreia do Norte. Mas não vou adiantar quaisquer planos ainda", completou, em coletiva de imprensa em Varsóvia (Polônia), onde se encontrou com o presidente polonês, Andrzej Duda.

Presidente dos EUA voltou a criticar exercícios militares da Coreia do Norte e e pdiu ajuda de aliados para combater ameaças do paísAFP

Na terça-feira, a Coreia do Norte anunciou que havia feito um teste de míssil balístico que teria capacidade de chegar até o Alasca. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul reagiram com simulações militares, com o objetivo de intimidar a retórica beligerante de Pyongyang.

Agora, é esperado uma reação mais incisiva do presidente dos Estados Unidos, que está em visita à Europa. Nesta quinta-feira, ele participou da cúpula sobre a Iniciativa Três Mares, na Polônia. Amanhã, Trump vai se encontrar com líderes do G20, em Hamburgo, na Alemanha. 

Investigação em pauta

Durante a coletiva com o presidente polonês, Trump voltou a negar que campanha dele no ano passado tivesse influência da Rússia. Ele discutiu com uma jornalista e criticou a rede americana CNN. De acordo com ele, setores da mídia americana têm sido "desonestos". "Eles produzem fake news", disse. 

"Eu penso que poderia muito bem ter sido a Rússia. Acho que poderiam ter sido outros países. Não serei específico. Mas eu acho que muitas pessoas interferiram", afirmou Trump. 

Pedido a Rússia

O presidente dos EUA aproveitou a ocasião para pedir à Rússia que interrompa as "atividades desestabilizadoras" na Ucrânia e que interrompa apoio a regimes hostis como Síria e Irã.

De acordo com o magnata, os valores do Ocidente, estarião ameaçados por ideologias extremistas e regimes que se apoiam em ferramentas como "propaganda, crimes financeiros e ciberterrorismo".

"Existem ameaças horríveis" ao nosso modo de vida, vamos confrontá-las e vamos vencê-las, afirmou o republicano, citando como exemplo da força de vontade do povo ocidental o Levante de Varsóvia durante a Segunda Guerra Mundial. 

Compromisso com a Otan

Pela primeira vez, Trump afirmou que os EUA vão honrar o Artigo 5 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que garante o compromisso de defesa mútua entre países membros. "Meu governo mostrou não apenas com palavras, mas com ações que defende fortemente o Artigo 5 da Otan", disse. Por outro lado, ele voltou a criticar membros da aliança por não investirem dinheiro suficiente ou na velocidade ideal.

Apesar das críticas, o presidente enviou uma mensagem de unidade com a Europa. "O elo entre os EUA e a Europa é forte como sempre", disse. "Deus abençoe nossos aliados. Deus abençoe a América", concluiu. 

Com informações da Agência Estado e AFP

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