Carlos Tomás: investimento em atendimento home careDivulgação/Ascom

Niterói -- Para quem convive com pessoas com a saúde fragilizada ou que necessitam de cuidados especiais, a frequência em ambientes hospitalares é constante. Pacientes como esses, necessitam de cuidados paliativos buscando melhorar a qualidade de vida por meio do "alívio do sofrimento", tanto para manter a saúde física, quanto mental.
Maria da Cunha cuida do pai, Júlio, há dois anos, e desde o último ano tem sido difícil locomover o idoso de 80 anos com uma doença crônica nos ossos para todas as consultas e exames. “O transtorno é grande, sem contar a exaustão das pessoas envolvidas. Meu pai está cadeirante e para transportá-lo preciso contar com a boa vontade dos motoristas de aplicativo ou acompanhante para chegar ao hospital. São medicamentos semanais e exames que por vezes levam horas para serem feitos. O cansaço é para o paciente e para a família”, contou.

Para Maria a solução foi o atendimento domiciliar, indicado por profissionais. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) um dos principais objetivos do atendimento domiciliar é “restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo”.

Para a diretora médica da Clínica Niterói, Ana Sodré, epidemiologista e que também atua na assistência domiciliar, podem existir riscos premeditados na locomoção dos pacientes mais vulneráveis aos hospitais e no tempo extenso de internação. Segundo ela, o homecare faz parte da terceira fase dos cuidados paliativos, na qual após a identificação da patologia inicia-se o processo de assistência personalizada para evitar agravantes.

Maria já consegue notar os benefícios de ter adotado o método de atendimento, ela conta que ter um profissional disponível para prestar cuidados ao seu pai em casa, deixa a rotina mais leve, especialmente por desta vez poder passar as festas de fim de ano em casa com o paciente e o resto da família.

Segundo o empresário Carlos Tomás, o setor cresce todos os anos por estar cada vez mais ajudado no "desafogamento" do sistema hospitalar em todo o país."O Home Care se fortalece no Brasil pelo aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população brasileira, que hoje ultrapassa 29,9 milhões de idosos. Grande parte dos casos se trata de doenças como Alzheimer, problemas articulares e ortopédicos, que impedem a mobilidade, entre outros que vão requerer um cuidado ainda maior, no caso de pessoas com outros perfis e que acaba sendo mais efetivo quando realizado na casa do paciente", explicou.

De acordo com o censo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o Núcleo Nacional de Empresas de Serviço de Atenção Domiciliar (Nead), em 2020 foram registradas 830 empresas de Home Care no Brasil e um faturamento médio de R$10,6 bilhões no setor anualmente.

"Estamos falando da relação custo-benefício do atendimento domiciliar e as vantagens de um tratamento humanizado", concluiu Carlos, especialista no manejo de pacientes, e empresário do setor.