Benny Briolli: leis aprovadas na Câmara dos VereadoresDivulgação/Ascom
Niterói celebra Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa com aprovação de leis
Duas leis que enaltecem as religiões afro-brasileiras foram aprovadas em dezembro na cidade
Niterói - Em 21 de janeiro se celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e os niteroienses terão ainda mais motivos para comemorar. A vereadora de Niterói Benny Briolly (PSOL) conquistou a aprovação de duas leis que reconhecem e enaltecem as religiões afro-brasileiras na cidade, em dezembro de 2023. Foi instituído o Dia Municipal dos Sacerdotes e Sacerdotisas de Matriz Africana, a ser celebrado dia 24 de novembro, e o Dia Municipal dos Pretos e Pretas Velhas, a ser celebrado dia 13 de maio. As duas datas comemorativas têm como objetivo também chamar atenção para o enfrentamento ao racismo religioso, por meio de atividades, como palestras, campanhas e ações públicas.
“Este é um passo significativo para integrar essas figuras importantes em nosso calendário municipal de feriados e comemorações. Desde o início do meu mandato, estive engajada na defesa dos terreiros e dos povos de axé. Em junho, organizei o Encontro de Terreiros de Umbanda de Niterói, um evento que reuniu mais de 50 terreiros, e mais de 1000 pessoas, fortalecendo os laços da comunidade e promovendo a diversidade religiosa. Juntos, construímos pontes para o entendimento e respeito, fortalecendo a diversidade que enriquece nossa sociedade”, explica a autora das leis e vereadora Benny Briolly, presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Mulher, da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Niterói.
A ancestralidade negra, representada através dos pretos e pretas velhas, possui um histórico de luta contra a estrutura social escravista. Essas entidades se manifestam como forma de contato, culto e exaltação das pessoas negras que resistiram e lutaram com seus próprios sangues e com suas espiritualidades contra o processo de genocídio e etnocídio realizado ao longo dos 350 anos de escravidao no Brasil.
Já os sacerdotes e sacerdotisas de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, representam, de maneira análoga, essa mesma resistência negra histórica, estabelecida a partir da religiosidade e dos espaços de integração e consolidação da ancestralidade enquanto manifestação dessa herança cultural no Brasil.
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