Os gestores avaliaram necessidades de infraestrutura para que o Forte do Gragoatá tenha as condições de atividade turísticaLuciana Carneiro

Niterói – A Prefeitura pretende inserir o Forte do Gragoatá no roteiro histórico e cultural do município. O tema foi discutido nesta segunda-feira (15), em um encontro entre o prefeito Axel Grael e o General de Brigada Emerson Alexandre Januário, comandante da D-1 (Artilharia Divisionária da Primeira Divisão de Exército), do Forte Gragoatá. Para isso, o município vai realizar obras de infraestrutura no local, incluindo acessibilidade, para possibilitar a sua abertura à visitação. A ideia é integrar o forte ao circuito que engloba o percurso do Caminho Niemeyer e sua conexão com o Museu de Arte Contemporânea (MAC), além dos outros fortes que já possuem visitas guiadas, como a Fortaleza Santa Cruz e o Forte do Pico.
Durante a reunião, da qual participaram ainda o presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), André Bento, e representantes da unidade militar, foi discutida a programação da Semana do Soldado, que acontece de 23 a 25 de agosto. A divisão está preparando atividades com crianças, apresentação de bandas de música e exposições, entre outros eventos. O desfile cívico de 7 de Setembro também foi tratado no encontro.
Os gestores avaliaram algumas das necessidades de infraestrutura para que o Forte do Gragoatá tenha as condições básicas para implementação da atividade turística, tanto pelo seu valor histórico, quanto por ser um patrimônio que faz parte da cultura, da memória e da transformação de Niterói.
0 local conta com estrutura para o seu funcionamento rotineiro, mas para abertura ao turismo necessita de adaptações, como instalação de guarda-corpo e corrimão na escadaria, banheiro, estacionamento, iluminação e condições de acessibilidade, além da ampliação de placas indicativas no roteiro de fortes e atracadouros também foram temas abordados.
História - O Forte de Gragoatá foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1938. Há controvérsia sobre a data de sua construção. O certo é que em 17 de novembro de 1698, uma Carta Régia mandava pagar as obras ali realizadas por Pedro Gomes de Barros, obras que teriam sido mal feitas, a ponto de, em 1701, o vice-rei ter mandado proceder contra os empreiteiros por “falsificação das obras que haviam feito”.
Em 1952, sendo governador do estado do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto o imóvel abrigou a seção fluminense da Colônia de Pintores do Brasil, por iniciativa do artista-plástico Levino Fânzeres (1884-1956), instituição por ele fundada para o ensino livre de pintura, numa experiência de curta duração. Além do Forte do Gragoatá, a cidade conta ainda com sítios históricos, como a Fortaleza de Santa Cruz, o Forte do Pico, Forte São Luis e Fortes do Rio Branco.