Com o uso de máquinas e pessoal, as patrulhas fariam o trabalho de limpeza nas áreas destruídas, dando um suporte ao trabalho já realizado pela Defesa Civil, de acordo com Sergio Cabral. A proposta foi feita pelo prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, e foi apresentada ao ministro da Integração Nacional e secretário Nacional de Defesa Civil.

O vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, explicou que a patrulha emergencial, se aprovada em Brasília, funcionaria sempre durante os quatro meses que compreendem o período de chuvas mais intensas (dezembro a março), e teria um custo médio de R$ 700 mil para cada um dos oito municípios da Baixada. A verba seria liberada pelo Ministério da Integração Nacional.
Caso seja aprovado, a ideia é que os equipamentos sejam alugados - em função do caráter temporário das patrulhas. O custo excedente aos R$ 700 mil em cada município seria assumido pelo governo do Estado.

A reunião continuou no início da tarde, mas sem a presença de Cabral e de Francisco Teixeira. Oito prefeitos da Baixada, o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, e o chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Pedro Paulo Carvalho, permanecem no CICC e discutem pautas como o trabalho de desassoreamento de rios, a realização de obras estruturantes e aplicação do programa da compra assistida ou de indenização aos moradores que devem ser retirados de área de risco.
O projeto, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está sendo executado em três fases. A primeira já foi concluída e a segunda, que tem recursos garantidos, deve ser iniciada no início do ano que vem. O governo estadual precisa de R$ 450 milhões para a terceira fase.
Chuva deixa pelo menos 10 mil desalojados ou desabrigados

Em Mesquita, 486 famílias estão sendo atendidas em três pontos de apoio desde quarta-feira. Em Japeri, 125 famílias são atendidas em pontos de apoio diariamente, sendo que cinco delas estão abrigadas na creche do bairro São Sebastião.
Ainda de acordo com a secretaria, os números de mortos e total de pessoas afetadas pelas chuvas serão divulgados pela Defesa Civil. Segundo a secretaria, para a concessão do aluguel social, a renda familiar total não pode ultrapassar o valor correspondente a cinco salários mínimos e é preciso apresentar laudo de emitido pela Defesa Civil Municipal.

Para o cadastramento, as famílias precisam apresentar os seguintes documentos: Identidade (original e cópia); CPF (original e cópia); Comprovante de residência (do imóvel afetado); Laudo da Defesa Civil; Bolsa Família (caso seja cadastrado no programa); Sumário Social (cadastro realizado pela secretaria Municipal de Assistência Social).
Abrigo Cristo Redentor - Avenida dos Democráticos, 1090, em Bonsucesso. Ao lado da 21ª D.P.
Rua Dr. Luis Guimarães, 956 – Centro (Antiga Rua 13 de maio).
Centro Esportivo Vila Pacaembu
Escola Municipal Bernardino de Melo – Estrada de Sanato Antonio (à direita do banco Itaú).

Estrada é partida e carros são arrastados em Bom Jesus

Reinaldo Nunes de Souza, 27 anos, que dirigia um Golf amarelo, foi encontrado morto por agentes do Corpo de Bombeiros às 6h de ontem. Amigos da vítima, os irmãos Edson Zano Jacobino Junior, 24, e João Pedro Jacobino Junior, 15, estavam em uma Saveiro branca e também foram arrastados. Edson conseguiu nadar e foi levado para o Hospital de Itaperuna. João Pedro continua desaparecido e a correnteza dificulta as buscas.

De acordo com Alexandre Alcântara, secretário de Defesa Civil de Bom Jesus de Bom Jesus do Itabapoana, “o trecho era protegido por uma manilha de cinco metros de diâmetro, mas, mesmo assim, a força das águas foi tão forte que a estrutura não aguentou”. O secretário disse que as famílias desabrigadas estão sendo levadas para a Escola Anacleto José Borges. Os familiares das vítimas acompanham de perto o trabalho dos bombeiros nas buscas.
Em São Gonçalo, cerca de 90 funcionários do Departamento de Conservação e Obras limparam ruas e desobstruíram bueiros. O secretário de Infraestrutura, Antônio José Sobrinho, pediu à população que não jogasse lixo na rua. “Estamos fazendo um mutirão na cidade para evitar enchentes”, disse. Em Petrópolis, das 35 ocorrências registradas entre quarta e quinta-feira, 70% já foram atendidas. No bairro de Independência, uma moradia está interditada — os moradores foram levados para a casa de parentes.

Estado de alerta em várias cidades
Já em Varre-Sai, Noroeste Fluminense, pelo menos 100 pessoas estão desalojadas, vivendo em casas de parentes e amigos. Duas casas foram destruídas após deslizamento de terra e cinco estão comprometidas.