Por thiago.antunes
Rio - Moradores de Santa Teresa reclamam do esquema de trânsito e de transporte montado no bairro para as obras de troca dos trilhos e instalação da nova rede aérea do bondinho, parado desde o acidente, em agosto de 2011. Apesar de considerarem a intervenção necessária, a maioria se queixa da desorganização das autoridades e do pouco esclarecimento em relação às alternativas de mobilidade. 
Com o bloqueio da Rua Joaquim Murtinho, uma van disponibiliza serviço de transporte gratuito para moradores, mas segundo Renato Alax, de 40 anos, o serviço é insuficiente. “Além de só uma van fazer o trajeto, ela para no final da Rua Silvio Romero. Temos que subir uma rua inteira até o ponto da van, e não é um lugar seguro. O trânsito está terrível. Outra coisa que senti falta são placas de obra com informações, valores e prazos”, afirma.
Moradores têm de subir ladeira a pé porque van tem trajeto limitadoAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Outra queixa constante é o aumento de assaltos a pedestres desde que começou a interdição. Em cerca de uma hora em que a equipe de reportagem esteve no local, apenas um carro da PM foi visto circulando. Na altura do Largo do Curvelo, a equipe também flagrou uma colisão, sem feridos, de um ônibus com um Caminhão, que estava parado na rua. A imprudência dos motoristas das linhas que circulam pelo bairro em alta velocidade é uma das principais reclamações entre os moradores do bairro.

Segundo a Secretaria Estadual de Casa Civil, a primeira parte das obras, dos Arcos até a Praça Odylo Costa Neto, será concluída até março. O trajeto entre a praça Odylo Costa Neto e o Dois Irmãos ficará pronto até junho do ano que vem. Já o restabelecimento do caminho até o Silvestre, que estava desativado havia anos antes do acidente, será entregue no segundo semestre de 2014. Os bondes devem voltar a circular em junho.

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Vereadores culpam Lopes pelo acidente
A responsabilização, pelo Ministério Público, do secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, na tragédia do Bonde de Santa Teresa foi motivada pela Comissão Especial de Trânsito de Santa Teresa, instaurada na Câmara de Vereadores, que apontou a necessidade da revitalização do sistema de bonde e alertou para os riscos de superlotação.
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“O secretário era a pessoa que tinha a possibilidade e o dever de evitar que aquela tragédia ocorresse. Espero que a Justiça ajude a amenizar o sofrimento dos parentes das vítimas”, disse o vereador Paulo Messina (SDD).
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