Rio - Um dia após o protesto de taxistas contra a Uber fechar o Aterro do Flamengo, na manhã de sexta-feira, a polêmica continua a ganhar as ruas do Rio. Conflitos e xingamentos entre motoristas de táxi e do serviço de transporte que funciona por meio do aplicativo foram relatados ontem por passageiros pelo WhatsApp do DIA.
Em um episódio mais sério, dois taxistas chegaram a levar um motorista da Uber até a 12ª DP (Copacabana). A delegada de plantão, Taiane Moraes, informou que não houve registro do que chamou apenas de “um mal-entendido”. Ela disse que orientou os envolvidos a procurar a Secretaria Municipal de Transportes. Segundo o órgão, no entanto, nenhum registro foi feito.
O secretário municipal de Transportes do Rio, Rafael Picciani, voltou a declarar que a prefeitura segue “ao lado dos taxistas na causa”. “Estamos abastecendo a Procuradoria do Município com dados sobre como o aplicativo vem sendo utilizado, para que providências judiciais sejam tomadas. Entendemos ser um risco para a sociedade a atuação de uma categoria que, sequer, tem cadastro junto à prefeitura”, justificou.
A Uber informou que, na sexta-feira, o número de novos cadastros de clientes aumentou 20 vezes em relação a um dia normal. No dia, a empresa também fez promoção em que ofereceu duas corridas grátis (no valor máximo de R$ 50) para cada cliente. Também anteontem, o aplicativo da Uber foi o programa mais baixado na App Store do Brasil. Na Google Play, loja de aplicativos para Android, o aplicativo estava no topo da lista dos mais recomendados.
Neste sábado, Dia de São Cristóvão, taxistas aproveitaram para pedir proteção ao padroeiro dos motoristas. “Faço minha oração para nos livrar de acidentes”, disse Gerson Simões Ávila, 66, taxista há 46 anos, na paróquia do santo, em São Cristóvão.
Colaborou Diana Dantas