Por marlos.mendes

Rio - O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, recebeu na tarde dessa sexta-feira, vinte representantes de moto-táxis e de motoboys, no Palácio da Cidade, em Botafogo. Durante o encontro, Crivella anunciou que vai pedir à Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) um estudo para aumentar o número de vagas para motos. A intenção é atender uma antiga reivindicação da categoria, que encontra dificuldade para estacionar os veículos, principalmente na Zona Sul e no Centro.

O prefeito afirmou que pretende evitar que pessoas que trabalham com motocicletas sejam impedidas de se locomover ou mesmo sejam multados. "Precisamos ter mais locais registrados para estacionamento. Os motoboys, os mototaxistas, à medida em que fazem uma pontuação e perdem a carteira (de habilitação), a punição é dobrada. Para eles, perder a carteira significa também perder o emprego", afirmou Crivella.

A prefeitura também analisará a volta da emissão de novas autorizações provisórias para mototaxistas e a liberação das autorizações definitivas. O documento é a identificação dos profissionais que prestam o serviço de transporte remunerado de passageiros em motocicletas. Outro pedido da categoria é a melhora da sinalização dos pontos com placas de identificação.

O presidente do Sindicato dos Mototaxistas do Rio, José Claudio de Paula, lembro que, atualmente, cerca de 50 mil mototaxistas rodam pela cidade. De Paula saiu satisfeito do encontro. "Essas autorizações facilitam o nosso trabalho. Além de ser um documento exigido e apresentado em blitz, elas (autorizações) representam uma segurança para o passageiro, uma vez que significa que estamos aptos para exercer a atividade. Nesse período de crise e desemprego, muita gente está precisando trabalhar", afirmou.

Protesto contou com 500 motoboys

A reunião entre Crivella e os motociclistas aconteceu depois que o grupo realizou um protesto pacífico pelas ruas do Centro contra a atuação de PMs em blitz. Os motoboys alegam que não está sendo cumprido o artigo 270 do Código de Trânsito Brasileiro, que prevê a liberação do veículo quando a irregularidade identificada na fiscalização puder ser sanada no local. Cerca de 500 motoboys participaram da manifestação.

Um dos representantes do grupo, Danilo Alves reclamou do rigor das blitz. "Só para liberar uma moto apreendida é preciso pagar a taxa do reboque e a diária do depósito. No mínimo, R$ 260. Sai caro para o trabalhador. O prefeito ficou sensibilizado com a nossa situação", avaliou.

Esse foi o terceiro encontro do prefeito com trabalhadores do sistema de transporte de passageiros nessa semana. Na quarta e na quinta-feira, Crivella recebeu taxistas que reivindicaram a regulamentação do serviço realizado por aplicativos. Essa questão está para ser julgada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça.

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