Rio - A operação das Forças Armadas no Rio de Janeiro vai receber R$ 47 milhões, destinados pelo governo federal por meio de medida provisória assinada em 4 de setembro por Rodrigo Maia, que então ocupava interinamente a presidência da República.
Segundo a MP 799/2017, a verba foi remanejada de outras atividades do Ministério da Defesa, como "participação brasileira em missões de paz", que perdeu R$ 27 milhões, e "aprestamento do Exército" (preparação), do qual foram retirados R$ 10 milhões.
De acordo com o Ministério da Defesa, o trâmite burocrático para encaminhar o dinheiro às Forças Armadas está sendo concluído.
A liberação do dinheiro ocorre em meio a uma polêmica entre o Ministério da Defesa e a Secretaria de Segurança do Rio. Ela envolve divergências sobre a Operação O Rio quer Segurança e Paz, de reforço federal ao combate ao crime no Rio de Janeiro. O Comando Militar do Leste chegou a informar que apenas esperava a liberação de verbas para retomar as ações, até agora com poucos resultados, o que tem gerado críticas.
Sargento saiu de posto para namorar
O Comandante Militar do Leste, general Walter de Souza Braga Netto, afirmou durante uma honraria na Associação Comercial do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira, que o militar que teve a arma roubada abandonou o posto para encontrar uma namorada. Segundo Braga Netto, o sargento já foi preso e vai responder à Polícia Federal.
Nesta terça-feira, a 9ª Brigada de Infantaria Motorizada realizou uma operação, nas comunidades do Muquiço e da Palmeirinha, no bairro de Guadalupe, na Zona Norte do Rio, com o objetivo de recuperar uma única arma.
"Eu quero entrar na comunidade e trocar tiros com os bandidos, ou entrar com um efetivo de homens e não ter nenhum problema?", comentou o general sobre a quantidade de militares usada na operação. De acordo com Braga Netto, existe uma diferença entre o que a opinião pública considera muitos homens e o que o Exército pensa sobre efetivo em massa.
Já sobre a atuação das Forças Armadas — que estão fora das ruas do Rio há um mês - Walter disse que as operações acabaram por causa da burocracia. "Os repasses voltaram hoje", revelou. "Nós vamos antecipar as planilhas para o Ministério da Defesa para que os recursos não demorem tanto", concluiu o general do CML, que não comentou se as Forças Armadas voltarão para as ruas.
Com informações do Estadão Conteúdo