A Reforma Trabalhista também foi citada no discurso. "Em 1994, FHC foi eleito presidente, disse que ia acabar com a Era Vargas, mas não teve coragem de acabar com os direitos dos trabalhadores. O Temer jogou no lixo os direitos trabalhistas e ainda criou a figura do trabalho intermitente. O sujeito chega para trabalhar na segunda-feira e não sabe quanto vai ganhar", reclamou Lula. "Eu às vezes acho que estamos anestesiados. Nós não nos demos conta do que foi o golpe; do que é a retirada de direitos. O Temer retirou os direitos e rasgou a CLT", continuou. "Por que o Temer, com aprovação muito menor que a da Dilma, continua lá? O Temer não representa nada. Ele representa os interesses internacionais e do capital financeiro."
Moro alfineta
Mais cedo, também no Rio, o juiz federal Sérgio Moro disse ontem que "não debate publicamente com pessoas condenadas por crime". Ele se referia à queixa de Lula sobre a Lava Jato, "que agravou a crise no Rio". Moro participou de evento na Petrobras e falou sobre a fase turbulenta que a estatal enfrenta. "A raiz dos crimes vindos da Petrobras foi o loteamento político dos cargos executivos da empresa."
Na quarta-feira, em caravana no estado, o ex-presidente Lula insinuou a responsabilidade da operação com situação financeira do Rio. "A Lava Jato não pode fazer o que está fazendo com o Rio. Não pode, por causa de meia dúzia que eles dizem que roubou, mas ainda não provaram, causar esse prejuízo", ressaltou.