Rio - A defesa do médico Denis Cesar Barros Furtado, que está sendo procurado pela polícia depois de ter a prisão decretada pela morte de Lilian Calixto, afirmou que a medida é precoce e que ninguém pode ser considerado culpado antes do julgamento. Ainda de acordo com a defesa do médico, a morte de Lilian 'foi uma circunstância isolada' e que 'não necessariamente tenha relação com o procedimento estético realizado'.
Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, de 46 anos, era gerente de banco em Cuiabá, no Mato Grosso, e veio ao Rio no fim de semana para uma aplicação de silicone nos glúteos com Denis. Após passar por procedimento, realizado na apartamento do médico, Lilian se sentiu mal e foi socorrida para o Hospital Barra D'Or, mas não resistiu e morreu na madrugada de domingo. Amigos de Lilian afirmam que ela foi vítima de negligência médica.
Por conta do ocorrido, a 1ª Vara Criminal da Capital decretou a prisão temporária de Denis e da mãe dele, Maria de Fátima Furtado, que é médica e participou do procedimento.
A polícia também chegou a pedir a prisão de outras duas pessoas, identificadas como Rosilane Pereira da Silva e Renata Fernandes Cirne. Segundo a instituição, elas teriam participação no crime, pois se passavam por técnicas de enfermagem. Entretanto, a Justiça não acatou o pedido de prisão de Rosilane. Já Renata está detida na 16ª DP (Barra da Tijuca).
Cremerj denuncia cirurgião
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) encaminhou nesta terça uma comunicação à Polícia Federal sobre o caso do médico, que atuava no Rio de Janeiro sem registro no Conselho do Rio, violando o Código de Ética Médica.
Em nota, o Conselho informa que o médico tem registro em Goiás e no Distrito Federal, mas não poderia atuar profissionalmente no Rio de Janeiro sem autorização do Cemerj. A entidade pedirá a interdição cautelar de Denis Furtado ao Conselho Federal de Medicina (CFM). O médico tem inscrição primária no Conselho do Distrito Federal, onde possui processo ético em andamento.
O Cremerj também abriu sindicância para apurar as denúncias da morte de paciente após procedimento realizado por ele em sua residência, e as conclusões serão enviadas ao conselho onde Denis Furtado possui registro.
Em comunicado, o Cremerj fez um alerta à população sobre os procedimentos estéticos, principalmente os cirúrgicos. “Essas intervenções só devem ser feitas por médicos qualificados e em ambiente em conformidade com as resoluções do Cremerj e do CFM, para que, caso haja algum problema, o socorro possa ser imediato”, diz a entidade.
*Com informações da Agência Brasil
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