Por O Dia
Rio - A morte de um menino de 4 anos, logo após ser submetido a uma cirurgia de fimose, levou a Secretaria estadual de Saúde a exonerar parte da direção do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, mais conhecido como Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias. A medida, segundo a Secretaria, foi para que as investigações sobre o caso fossem conduzidas “de forma isenta e eficaz”. Uma sindicância aberta vai apurar a responsabilidade de funcionários do hospital durante o atendimento do menino.
Na quinta-feira passada, Lucas Gabriel de Jesus morreu após passar por cirurgia. O sofrimento tira o sono da mãe do menino, Zaira de Macedo Santos. “Eu não consigo dormir. Quando fecho os olhos, vejo quando os médicos estavam tentando socorrer ele com a língua branca para o lado de fora. Eu só vejo essa imagem dele”, relembrou, com pesar, em entrevista à TV Globo.
Publicidade
Quando voltou da sala de cirurgia, a mãe achou que Lucas estivesse dormindo. “O médico falou que, entre 20 e 30 minutos, ele iria acordar. Mas não acordou”. Zaira diz, entre lágrimas, que sente falta da personalidade marcante do filho: “Ele era um menino esperto e brincalhão”, diz ela, também indignada com o que ocorreu no hospital.
“Se ele tivesse uma doença, tudo bem. Agora, um menino saudável que gostava de brincar e pular... e sair dentro de um caixão? Não me conformo. Eu e a família precisamos de uma resposta”, esclareceu.
Publicidade
A Secretaria informou que, ainda no dia 15, designou uma equipe multidisciplinar e de humanização para fazer acompanhamento dos familiares de Lucas. O corpo do menino foi levado para o Instituto Médico Legal para fazer autópsia. O laudo e os exames de laboratório complementares, que ainda não saíram, vão determinar a causa da morte.