Comerciante é baleado e morre em tiroteio em Nova Iguaçu
De acordo com os relatos, homem era dono de um trailer e estava trabalhando quando foi atingido
Rio - Um comerciante morreu vítima de bala perdida em um tiroteio entre policiais e traficantes na madrugada deste domingo, no Jardim Ambaí, na região de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. De acordo com relatos, José Ignacio Pereira era dono de um trailer e estava trabalhando quando foi atingido pelos disparos.
Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte do comerciante. "Conheço a família dele todo mundo gente boa complicado", escreveu um internauta. "Foi aqui na esquina da minha casa que o cara morreu. O ônibus foi queimado depois e, uns 20 minutos daqui de onde o cara foi baleado. Um inocente que tinha um trailer. Que Deus aqueça o coração dessa família", postou outra moradora da região.
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Além dele, um homem de 48 anos, motorista de ônibus - que foi incendiado por criminosos - sofreu queimaduras de segundo grau nas pernas e braços e precisou passar por procedimento cirúrgico. Ele está internado em estado estável no Hospital Geral de Nova Iguaçu.
A Polícia Militar confirmou a morte do homem após o confronto na região e afirmou que o ônibus foi incendiado por criminosos da comunidade Buraco do Boi, na Av. Henrique Duque Estrada Meyer. O motorista foi socorrido na hora e encaminhado ao hospital da região. Segundo o Corpo de Bombeiros, eles foram acionados por volta das 22h e conseguiram conter rapidamente as chamas. Quando eles chegaram, a vítima já havia sido levada.
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De acordo com a Polícia Civil, o caso é investigado Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
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Em nota, a Fetranspor repudiou o ataque criminoso. Veja a nota na íntegra:
"A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) vem a público para repudiar o ataque sofrido por um motorista de ônibus, enquanto trabalhava na linha Nova Iguaçu x Miguel Couto, no sábado à noite (29/12), na Estrada do Ambaí. O grupo, em protesto alheio à operação rodoviária, incendiou o coletivo da Viação Mirante e não deixou o profissional desembarcar. Ele teve 27% do corpo queimado e encontra-se hospitalizado. Os passageiros conseguiram descer a tempo.
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Este foi o quarto caso na Baixada Fluminense em um intervalo de um mês. As chamas conseguiram ser controladas e o veículo foi incendiado parcialmente. Assim, sobe para 217 o número de ônibus incendiados no Estado do Rio desde 2016, sendo nove deles ao longo do ano de 2020. Do total, apenas 11 veículos foram recuperados e retornaram à operação; 42% eram climatizados. O custo de reposição chega a R$ 92,7 milhões, recursos que poderiam estar sendo investidos na melhoria do transporte público com a renovação da frota.
A população é a mais prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. É importante lembrar, no entanto, que a inexistência de seguro para este tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem a capacidade de investimento em renovação da frota, tornaram completamente inviável a reposição de ônibus incendiados".