Neta chegou a reclamar com enfermeira sobre hematomas no corpo da avó
Neta chegou a reclamar com enfermeira sobre hematomas no corpo da avóArquivo Pessoal
Por Carolina Freitas
Rio - A Produtora de eventos Roberta Carvalho Fernandes, de 35 anos, denunciou ao DIA, que sua avó, Marlene Fernandes Carvalho, de 81, não foi bem tratada em dois hospitais em que foi atendida no Rio de Janeiro: CER Leblon e Hospital Miguel Couto, ambos na Zona Sul. A idosa deu entrada no CER às 19h30 da terça-feira (10) após ficar com pressão 5/3 e oxigenação 91. 
"Cheguei no CER Leblon e levaram minha avó direto para a sala vermelha porque disseram que ela estava com pancreatite. Tivemos notícias dela somente às 22h porque eu fiquei em cima dos médicos perguntando. Depois ela foi para a sala de medicação e quando consegui vê-la, percebi que ela possuía vários hematomas. Ao questionar a enfermeira, fui informada que os roxos pelo corpo da minha avó era por conta da fragilidade capilar que ela tinha. Até aí, tudo bem. De madrugada ela foi encaminhada para fazer uma tomografia e depois fomos fazer uma avaliação com cirurgião", relata Roberta. 
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A neta conta ainda que após chegar na sala do médico, dona Marlene desmaiou e foi socorrida. Depois disso, não obteve mais notícias da avó.
"Trocaram até o nome da minha avó. Ninguém dava notícias. Achamos que ela tinha ido para a sala amarela. De madrugada falaram para a gente que ela iria ficar internada e disseram que podíamos ir para casa e receberíamos informações sobre ela por telefone", continua.
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Ao ser informada que não precisava ficar com a avó no hospital devido a propagação do coronavírus, Roberta relatou que a idosa fazia uso de um remédio para controlar o Mal de Parkinson. "Eu quis deixar o medicamento para ela tomar, mas os médicos não deixaram".
"Depois disso, só tivemos notícias dela na sexta-feira (13). Uma enfermeira disse apenas que ela continuava na sala amarela e estável. Na segunda-feira a psicóloga do hospital fez uma chama de vídeo para que pudéssemos vê-la, mas continuamos sem informação", desabada a neta.
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A produtora de eventos contou à reportagem ainda que na quarta-feira (17), recebeu uma mensagem de uma pessoa do hospital informando que dona Marlene havia sido transferida para o Hospital Miguel Couto, sem ter sido informada anteriormente sobre a transferência. 
"No Miguel Couto minha avó teve duas crises de ansiedade. Na primeira, o residente da unidade só falava para ela se acalmar. Uma prima minha pediu para darem um remédio para ela, mas disseram que não tinham autorização. Na segunda vez, não havia médico algum para nos ajudar, revertemos o quadro sozinhas."
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Roberta afirma que por volta das 9h, pediram um exame de eletrocardiograma para a paciente, porém, ninguém sabia informar o estado clínico da mesma. "Fizeram exames mas até agora não tivemos nenhuma informação sobre o resultado", finaliza.
Procurada pelo DIA para informar sobre a transferência da paciente sem o consentimento da família e por ainda não informarem o estado clínico de dona Marlene, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que  a família da paciente está ciente do estado de saúde da idosa e que o quadro dela é estável. "O CER Leblon e o Hospital Municipal Miguel Couto estão à disposição dos familiares para quaisquer esclarecimentos". Sobre a transferência, nada foi comentado.
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