Um dos orangotangos do parque, Elsie é atração para os visitantes
Um dos orangotangos do parque, Elsie é atração para os visitantesEstefan Radovicz
Por O Dia
Aberto desde sexta-feira somente para sócios, o BioParque do Rio começa a funcionar hoje para o público em geral. O novo zoo na Quinta da Boa Vista pode ser visitado diariamente das 9h às 17h. As famílias interessadas em conhecer a nova atração da cidade devem comprar os ingressos exclusivamente pelo site (https://ingressos.bioparquedorio.com.br).
O preço individual é R$ 39,75, para a tarifa normal. Crianças e estudantes até 21 anos, idosos e pessoas com deficiência poderão pagar meia-entrada, por R$ 19,87. Para quem tem até dois anos e 11 meses, não há cobrança. Devido à pandemia, a capacidade de público está limitada a 20% do total. O uso de máscara é obrigatório, assim como manter um distanciamento mínimo de dois metros, entre outras medidas preventivas. 
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O BioParque também oferece o plano de sócios, com o valor individual de R$ 80 ao ano. O titular pode incluir até sete dependentes por mais R$ 60, cada um. O pagamento poderá ser parcelado em até 12 vezes sem juros. Os sócios têm acesso ilimitado ao parque durante todo o ano e desconto de 10% na loja, lanchonetes e restaurantes do local, entre outras vantagens. Também podem iniciar a visita às 8h30. 
Foram quase dois anos de obras envolvendo a restauração e a expansão da estrutura que pertencia ao antigo Jardim Zoológico da Quinta. "Queremos transformar o BioParque em um lugar de referência para a conservação e proteção dos nossos animais", afirmou Pablo Morbis, presidente do grupo Cataratas, responsável pela administração do espaço, que vai abrigar aproximadamente 140 espécies diferentes, dos quais 33% em risco de extinção.  
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"O objetivo é garantir que os animais possam viver em um ambiente mais próximo possível do que seria a natureza", diz Cláudio Maas, um dos biólogos técnicos responsáveis pelo BioParque. "Saímos de um zoo expositivo e nos tornamos um centro de conservação. Os visitantes vão se surpreender com um ambiente de primeiro mundo, com ampla manutenção dos espaços de animais e constante cuidado humano. Reunimos um local seguro, agradável e que remete aos grandes ecoparques do mundo", acrescentou. 
Entre as novas áreas de visitação, estão a Vila dos Répteis, com jacarés e serpentes; a Ilha dos Primatas, com várias espécies que pertencem à Amazônia; o setor Reis da Selva, com leões, onças e tigres; a Savana Africana, com zebras, girafas e hipopótamos; os Polinizadores, onde os visitantes poderão ter contato com pequenos insetos e borboletas, entre outros; e a Fazendinha, local em que será possível acariciar e alimentar os animais, de forma supervisionada.
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Queixas sobre a conservação de um dos cartões-postais da cidade
Fraquentadores se queixam de lixo no lago e da falta de conservação em equipamentos esportivos
Fraquentadores se queixam de lixo no lago e da falta de conservação em equipamentos esportivosDaniel Castelo Branco
Uma das principais áreas de lazer da Zona Norte e um dos cartões-postais do Rio, a Quinta da Boa Vista precisa de uma atenção especial, de acordo com frequentadores. Muitos se queixam da conservação de um dos maiores parques urbanos da cidade. Localizada no bairro de São Cristóvão, a Quinta foi residência oficial da família real de 1808 até a Proclamação da República, em 1889. Lá estão os jardins e lagos criados pelo paisagista francês Auguste Glaziou e o antigo palácio da família real, onde funcionava o Museu Nacional, destruído por um incêndio em setembro de 2018 e passando por obras de recuperação.
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A ampla área verde atrai diariamente frequentadores de todas as idades e praticantes de esportes. Eles reclamam da falta de conservação das quadras e dos equipamentos da Academia da Terceira Idade, além de muita sujeira nos lagos. 
Procurada pela reportagem de O DIA, a Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Parques e Jardins informaram que a conservação e a recuperação do parque é uma prioridade. "Por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Fundação Parques e Jardins, a Prefeitura do Rio está comprometida com a restauração ambiental do Parque Municipal Quinta da Boa Vista. A gestão integrada das áreas verdes é um compromisso para trabalhar em parceria com os órgãos municipais responsáveis por serviços de limpeza, iluminação, poda e retirada de equipamentos abandonados", destaca nota oficial. 
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O texto ressalta que, com 155 mil metros quadrados, a Quinta da Boa Vista é um importante ativo ambiental para o meio ambiente da Cidade do Rio: "O histórico espaço verde em São Cristóvão é compartilhado com importantes instituições de ensino e pesquisa.O restauro do Museu Nacional da UFRJ, a inauguração do BioParque e a nova gestão integrada do parque inauguram um novo momento da Quinta. A prefeitura está comprometida em cuidar e defender este local que faz parte da memória afetiva de todo carioca".