Diogo Lamas, irmão do PM Caio Cezar Lamas Cordeiro, de 31 anos, foi até o IML liberar o corpo para o sepultamentoReginaldo Pimenta / Agencia O Dia

Rio - O irmão do soldado PM Caio Cezar Lamas Cordeiro, de 31 anos, morto após ser baleado em um confronto na manhã deste domingo (11) na comunidade do Tirol, na Freguesia, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, esteve no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta segunda-feira (12), para reconhecer o corpo. Muito abalado, ele afirmou que a família está destroçada e pediu a Deus que dê forças, sobretudo, à mãe, viúva e filhos do PM.
Diogo Lamas afirmou que, apesar da família de um agente de segurança do Rio de Janeiro contar com a possibilidade do pior, eles não esperaram a notícia. "Estamos todos destroçados. Meu irmão era um homem de família, bom filho, bom pai e bom marido. Ele vai deixar muita saudade. Espero que Deus conforte os nossos corações, principalmente da nossa mãe, da mulher e dos filhos dele. Meu irmão morreu realizando o sonho de ser policial militar", disse.
Caio Cezar morreu no dia do 10º aniversário de seu filho mais velho. "Infelizmente, recebemos a triste notícia da morte do meu irmão no mesmo dia que o filho dele estava fazendo aniversário. Isso foi o que mais chocou a família e, certamente, essa data ficará marcada como uma forma de tristeza para o meu sobrinho e para todos nós", desabafou Diogo.
Caio estava há quatro anos na corporação. Segundo o irmão do militar, a mãe precisou ser hospitalizada para receber a notícia da morte. "Ela tem problema de pressão alta. Decidimos levar ela até uma unidade de saúde e, após ser medicada, contamos o que havia acontecido com meu irmão", revelou.
Caio deixa mulher e dois filhos. O velório e sepultamento foi marcado para às 16h45 desta segunda-feira (12), no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência.
Disque Denúncia pede informações
O Disque Denúncia divulgou, nesta segunda-feira (12), um cartaz para ajudar nas investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que levem à prisão dos envolvidos na morte do soldado da Polícia Militar, Caio Cezar Lamas Cordeiro.
Equipes do 18º BPM (Jacarepaguá) receberam a informação de que criminosos estariam se reunindo na Rua Timboaçu, próximo à comunidade. A PM informou que os policiais foram recebidos a tiros. No confronto, o soldado Lamas acabou sendo atingido no braço e no pescoço. Ele foi socorrido até o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos.

Com a morte do agente, sobe para 57 o número de agentes de segurança mortos em ações violentas no Rio de Janeiro em 2022, sendo 38 da Polícia Militar, cinco da Polícia Civil e da Marinha, dois da Polícia Penal/Seap e do Corpo de Bombeiros, além de um da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um do Degase, um da Guarda Municipal, um da Aeronáutica e um do Exército.